Algumas mães procuram-me com a mesma proposição “Flávia, sou mãe, quero empreender, quero mudar de vida, ter mais tempo para ficar com o meu filho, então, acho que vou montar um negócio.” Em algum momento a gente acaba pensando sobre isso por vários motivos, um deles é uma jornada de trabalho flexível.
Após este desabafo, elaboro algumas perguntas:
_Qual é o seu propósito?
_O que a move, caso você não precise necessariamente do resultado financeiro?
Nesse momento, instala-se um longo silêncio.
Sou mãe, quero empreender e agora?
Ao aplicar estas perguntas, procuro entender a escolha pelo empreendedorismo, o porquê de ser dona do seu negócio. Utilizando o argumento do tempo, destaco que é uma ilusão que nós, mães, vamos ter mais tempo para os filhos. Não é bem assim, você, certamente, terá uma jornada mais flexível, mas, quanto à dedicação, será bem diferente.
Quando falo do propósito dessa escolha, acho imprescindível a mulher que se tornou mãe sentir-se realizada enquanto indivíduo e não para “agradar” a família ou sociedade. Após esta reflexão, analisamos como é ser empresária na contemporaneidade.
A empresa é como se fosse um filho. Nos nove meses de gestação, realizamos um planejamento, prototipamos a ideia para que, assim, germine o negócio em toda a sua plenitude. Os primeiros meses são como se fosse um bebê. Ele vai precisar de você 24 horas por dia, você será testada em vários aspectos e o mais interessante e enriquecedor: vai trabalhar com o que mais gosta.
Portanto, ter mais tempo pro seu filho não será tão simples, mas você irá, ao longo do dia, direcionar as horas e poder acompanhar a alimentação, levá-lo à escola, marcar aquela reunião pedagógica sem medo de demorar e, quem sabe, participar de mais momentos com o pequeno.
Em breve, eu te conto como avaliar as oportunidades deste negócio.
Um beijo da Flavinha
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