Quando se fala em câncer infantil, a primeira reação das pessoas e de grande comoção. Como profissional, que trabalha na área há 14 anos, posso testemunhar a luta destes jovens guerreiros.
CÂNCER INFANTIL: O DIAGNOSTICO PRECOCE É FUNDAMENTAL – Por Eduardo Ribeiro Lima
O câncer infantil é, felizmente, uma doença rara, correspondendo a cerca de 2% do total de ocorrências da doença. Os casos mais comuns nessa faixa etária – zero a dezoito anos – são de leucemias, tumores cerebrais, linfomas e tumores abdominais e ósseos.
Apesar de os cânceres infantis serem mais agressivos que os dos adultos, a resposta ao tratamento em geral é muito melhor.
O diagnóstico precoce é muito importante, pois com os avanços de exames e dos tratamentos, crianças e adolescentes que têm câncer atingem, nos dias atuais, índices de cura superiores a 70% quando detectado nas fases iniciais.
Os principais sinais de alerta são palidez, febre sem causa definida, manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça recorrentes e que pioram de intensidade com o tempo, ou ainda o surgimento de massas em diferentes partes do corpo. O acompanhamento de rotina com pediatra é essencial para que, nos casos suspeitos, o encaminhamento seja rápido para centros de referência em oncologia pediátrica, com equipe multidisciplinar capacitada para dar um atendimento adequado a esse público especial de pacientes, são altamente recomendados.
O tipo de tratamento vai variar de acordo com o diagnóstico do paciente, podendo englobar cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação destas modalidades.
É recomendado que as crianças tenham espaço de atendimento separado dos adultos, com área de espera com brinquedos, materiais para desenho e pintura. É sabido que os métodos lúdicos são importantes porque fazem com que as crianças se sintam à vontade.
Além do tratamento médico realizado dentro de clínicas e hospitais especializados, a família tem uma participação muito importante para a recuperação da criança. Proporcionar um ambiente tranqüilo, uma alimentação saudável e o retorno ao médico, quando necessário, são fatores determinantes para o bem-estar e cura do paciente e em seu acompanhamento posterior.