Se tem uma coisa que não estava nos meus planos quando resolvi ter um filho era ser a mãe má. Queria ser aquela mãe legal, amiga, que nunca briga. Mas na teoria e mãe na prática nunca conseguem se encontrar. Elas vivem como no filme O Feitiço de Áquila (1985). Descobri que a boa mãe é má.
A boa mãe é má
A boa mãe tem que ser firme quando o filho faz hora para comer e, depois de tudo nem come, diz que está satisfeito. Duas horas depois reclama de fome. Seu coração amolece. Ninguém merece passar fome. Mas seu cérebro te diz. Não tem ninguém aqui passando fome, ele consegue esperar até o horário da próxima refeição.
O coração fica pequenininho, mas a razão fala mais alto e a mãe má é recompensada. Nas próximas refeições todo mundo senta na mesa e come direitinho no horário estipulado. (Clique aqui para ver 10 dicas da nutricionista para seu filho comer melhor)
Maldade também vale para tarefa de casa esquecida. As tarefas de fim de semana principalmente. Ah, o dom que eles têm de lembrar da bendita faltando 10 minutos para a hora do almoço de segunda… Mesmo você tendo passado o sábado e o domingo perguntando por ela. Nessa hora você para o seu coração e coloca toda a maldade em prática. Agora não é hora de fazer lição de casa, é hora de almoçar. (clique aqui para ver dias da psicóloga sobre o dever de casa)
É claro que eu não falo com toda essa calma, isso é coisa da mãe teórica. Na prática eu tenho pequenos grandes surtos, micro infartos, dou uns berros. Saio de perto. Respiro no saco. Tenho certeza que ele precisa chegar na escola sem essa tarefa. Tenho certeza que eu não preciso me desdobrar para ajuda-lo com essa tarefa, afinal perguntei por ela várias vezes no domingo. Volto e escrevo um bilhete para a professora:
“Estamos (para ela saber que tem pai e não direcionar os bilhetes só para a mãe) cientes de que nosso filho não fez a tarefa de casa. Já conversamos sobre isso e ele sabe que a responsabilidade é dele e ele terá que arcar com as consequências.
Atenciosamente, a boa mãe”
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