Ação contra o Colégio Santo Agostinho – “A polêmica sobre a discussão de gênero e sexualidade no Colégio Santo Agostinho chegou à Justiça. A escola afirmou ter recebido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) uma ação que requer que a instituição pague uma indenização por dano moral coletivo no valor correspondente às mensalidades e à matrícula do ano de 2017 de todos os alunos matriculados da 3ª à 6ª séries do ensino fundamental. O argumento do MP é que o colégio veiculou como material didático conteúdo impróprio, classificado como Teoria de Gênero, que teria desrespeitado os valores éticos e sociais da pessoa e da família. Em nota publicada no site, a escola diz que a afirmação é falsa e que tomará medidas judiciais cabíveis para se defender.”
Ação contra o Colégio Santo Agostinho
Na quinta-feira ás 12:30 horas os pais, alunos e ex alunos que apoiam o Colégio Santo Agostinho de Belo Horizonte, estarão no Santo Agostinho Central, Nova Lima e Contagem para manifestação de apoio a escola.
Acreditamos que tudo tem sua hora, e sabemos que o Colégio é muito sério e que não daria nenhum conteúdo inadequado para a idade.
A ação questiona a inclusão de Ideologia de Gênero na proposta pedagógica do colégio. Já publicamos aqui no site que esse termo inexiste na literatura, veja o post que explica sobre Identidade de Gênero. Ainda há menção de conluio mundial com a ONU e com a UNESCO.
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Lemos a carta aberta dos alunos do Ensino Médio para os pais que queriam processar o colégio e a peça da ação do MP que não deixa clara nenhuma acusação.
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Na carta, os alunos mencionam duas situações:
- O conto “O Dia da Amante”, de Luís Fernando Veríssimo do livro “As mentiras que os homens contam” eu tenho esse livro em casa e fiz questão de reler o conto, tem um parágrafo mais descritivo, mas se pensar que eu li “Capitães da Areia” com 13 anos, esse descritivo ai tá bem light. Não vejo nada que justifique entrar na justiça. Lembrando que, muitos adolescentes já têm vida sexual ativa, mesmo que a gente prefira fingir que não.
- Um livro de ciências do sexto ano. Livro de ciências, minha gente. E a carta dos alunos já diz tudo: “Em relação ao livro de Ciências, as críticas dos senhores pais são pueris e não merecem qualquer crédito. Nesse livro didático, a orientação sexual, a sexualidade, a identidade de gênero e o sexo biológico são abordados de maneira inteiramente coerente com a mentalidade de um aluno do Ensino Fundamental II, a partir de textos que exaltam a tolerância e a diversidade.”
Faço das palavras da minha amiga Gabriela Lessa:
“Será que o que queremos mesmo é o Ministério Público vetando Luís Fernando Veríssimo? Literatura incomoda.
Vejam bem, eu não sou dessas que fala, “era assim na minha época e ninguém morreu.” Não acho que criança tenha que ficar assistindo novela como ficava na nossa época, nem que programas infantis devam ter piadas politicamente incorretas.
Sou dessas que veta Peppa. Sou dessas que falo com as amigas que elas deveriam esperar pelo menos os 9 anos pra deixar os filhos lerem Harry Potter porque a partir do livro 4 tem mais violência mesmo. Acho sim que tudo tem idade. Jamais estaria aqui recomendando algo pornográfico para crianças. E nem acho que professor é Deus. Às vezes erram, e é direito dos pais contestar.
Mas vamos chegar ao meio termo pelo amor de Deus? A expressão “membro túrgido” na sexta série não é motivo pra ação judicial, gente! Literatura incomoda, tira da bolha, choca, surpreende, gera questionamentos. É pra isso que ela serve.
E escola tem que estar alinhada com as famílias, mas não tem que obedecer pai.
Se forem criados em uma bolha, que tipo de adultos nossos filhos serão?”
Meu filho tem 9 anos e leu todos os livros do Harry Potter, apesar das recomendações da Gabi, ele começou a ler e não teve como parar no terceiro, ele amou.
Deixe a escola ensinar
Nem toda família fala sobre sexo em casa. Muitos casos de estupro de menores acontece dentro de casa, a maioria deles. 60% dos estupros são cometidos por familiares ou pessoas próximas. Não falar sobre isso não evita que aconteça. Também é preciso falar sobre métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis na escola.
Jovens são as maiores vítimas da silenciosa sífilis – A faixa etária entre 15 e 34 anos é o grupo que mais registrou crescimento de contaminação pela Sífilis entre o período de 2010 a 2016, segundo dados do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde).
O Colégio Santo Agostinho é uma escola tradicional, conceituada e tem todo o nosso apoio.
Leia também o texto sobre o livro do polêmico Kit Gay: