Ouvi esse poema, A Bola Dourada, pela primeira vez quando participei do Workshop de constelações familiares com Victor e Paulina, ela o leu. Depois comprei um livro do Bert Hellinger, “No Centro Sentimos Leveza” e lá estava ele, logo nas primeiras páginas.
É tão verdadeiro que arrepia. É assim a maternidade, é assim que a bola vai passando, e nunca volta pra gente. Sejamos gratas.
A bola dourada
Borries von Munchhausen
O que recebi pelo amor do meu pai
eu não lhe paguei,
pois, em criança,
ignovava o valor do dom
e quando me tornei homem, endureci
como todo homem.
Agora vejo crescer meu filho,
a quem amo tanto
como nenhum coração de pai
se apegou a um filho.
E o que antes recebi
estou pagando agora
a quem não me deu
nem vai me retribuir.
Pois quando ele for homem
e pensar como os homens,
seguirá, como eu,
os seus próprios caminhos.
Com saudade, mas sem ciúme,
eu o verei pagar ao meu neto
o que me era devido.
Na sucessão dos tempos
meu olhar assiste, comovido e contente,
o jogo da vida:
cada um, com um sorriso,
lança adiante a bola dourada,
e a bola dourada nunca é devolvida!
AAmei esse poema!!! Puraaa verdade