
Mês: novembro 2018


Movimento Sem Casa – Eu fui uma sem teto
A Márcia Cristiane da Silva Mendes é padê desde 2014 (indicação da Janette Oliveira), ela tem 40 anos, é Contadora de formação e desde 2014 é Digitadora por oportunidade, porque, após a maternidade não conseguiu recolocação no mercado de trabalho, para retornar para à sua área. Márcia já morou na rua e participou do Movimento sem casa. E hoje conta um pedacinho dessa história pra gente.
Foto: Janette Oliveira
Eu fui uma sem teto
por Márcia Cristiane da Silva Mendes
No ano de 1987, quando eu tinha 9 anos de idade, eu, minha Mãe, irmãos, avó materna e tios fomos despejados de onde morávamos. Era um Clube desativado. Minha Vozinha – sempre presente – morava neste clube há mais de 20 anos. Amontoaram o que tínhamos dentro de caminhões. E eu peguei a minha companheira, minha gata de estimação Sexta-feira 13; ela era preta e apareceu numa sexta-feira 13. A gatinha estava mais assustada que eu.
Fomos morar de favor na casa dos meus tios Dario e tia Márcia, em barracos de madeira, no bairro Braúnas. Foram os anos difíceis, de perdas e aprendizado. Escutei uma frase dura, que carreguei comigo:
“Filhos sem pai e que a mãe não está por perto; não vão dar nada que presta…”
Meus pais são separados desde quando eu tinha 6 anos e a minha Mãe era empregada doméstica: às vezes dormia nas casas de família para trazer o sustento: somos 3 irmãos! Por vezes ela deixava de comer no serviço para trazer para nós; passava fome para dar comida, roupa e material escolar, quando a gente não ganhava! Aprendi que cada um escolhe o seu destino, isto é, Deus nos deu o livre arbítrio e cabe-nos escolher. E cada escolha implica em uma consequência, positiva ou não. Mas, a partir das escolhas, somos responsáveis pela nossa história. Só não entendia porque eu tinha que perder tudo: pai (formou outra família), casa, pertences (fomos roubados no b. Braúnas). Me perguntava: o que fiz de tão ruim nesta vida por passar por tudo isto!
Movimento Sem Casa
No Bairro Braúnas havia muitas famílias que moravam de aluguel, de favor (no meu caso) e/ou eram caseiros. Foram feitas várias reuniões no ano de 1990 com estas famílias e decidiram fazer um Movimento Sem Casa. Houve a primeira invasão na antiga rua “B”. Na época a Polícia Militar interveio e retirou as famílias do terreno. Houve participação da Igreja Católica (Irmãs: Marilda, Maura e Ana Roque, da Congregação Franciscanas Penitentes Recoletinas), de Antônio Cosme e Damião (Toninho) e Paulo, ambos da extinta Federação das Associações de Moradores de Belo Horizonte – FAMOB e da Édila Provini (Presidente Comunitária na época).
As reuniões do Movimento Sem Casa continuaram. Então foi escolhido outro lote grande, também bairro Braúnas, que caberia aproximadamente as 60 famílias, perto da fábrica falida “Laticínios União”. Invadimos. Ficamos lá quase um mês, morando em barracas de lona: no frio, na chuva, no sol. A oração e o canto sempre estiveram presentes na nossa caminhada. Na época havia uma equipe responsável por preparar e distribuir o café e almoço. Infelizmente fomos retirados novamente do terreno pelo Esquadrão de Choque da Polícia Militar. Toninho ficou retido pelos policiais.
Morando na rua
Como não tínhamos para onde ir, decidiu-se ocupar a Regional Pampulha, onde passamos a noite. Até que o Toninho foi libertado. Como não fizeram acordo para nos assentar, fomos morar embaixo das marquises da Igreja São Francisco de Assis, Patrimônio Histórico e Cultural de Belo Horizonte. Barracas foram montadas também pelo jardim! Os Padres Orionitas (Congregação Dom Orione, no bairro São Luiz, em Belo Horizonte) doavam frequentemente: comida, leite e pão que sobravam do internato! D. Ivone também fez doações diversas.
Ficamos lá por alguns meses também. No meu caso e da minha Irmã, foi ótimo, porque estávamos perto de onde estudávamos: a Escola Municipal Dom Orione. Além disso tinha o Parque, que íamos quando ganhávamos ingressos e ainda “participamos” de muitos casamentos; ficávamos lá, aguardando a lembrancinha, o bombom no final dos casamentos!
Aos 12 anos eu era miúda: era magra e pequena, parecia ter menos idade! Para ir aos casamentos, vestia a minha melhor roupa, toda “amarrotada”, porque não tinha energia elétrica nem ferro para passar e calçava chinelos. Só não abraçava a noiva e o noivo! Minhas roupas, na maioria das vezes, eram de doação das casas de família que a minha Mãe e Vozinha trabalhavam. Aprendi o valor das pessoas e não o valor das coisas. Por isto, até hoje não ligo muito para me “arrumar”. Acho mais importante a presença que os adereços! Respeito quem curte!
Como estávamos alterando o ‘design” do patrimônio histórico, fomos “convidados” a nos retirar. Nesta época continuamos recebendo ajuda das Irmãs Franciscanas, dos Padres Orionitas, da Édila Provini e da D. Ivone.
Comunidade São Francisco de Assis
Quando começaram a negociar e ver a possibilidade de um terreno, fomos morar numa pracinha do bairro Braúnas, debaixo de lona também. Em Setembro/1990 a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte providenciou uma área, no bairro Trevo. Nesta época houve a aproximação dos Padres Cavanis, que juntamente com as Irmãs Franciscanas, Padres Orionitas, Édila Provini e D. Ivone e todas as pessoas do Movimento, fizeram a romaria, cantando e rezando, até a “terra prometida”, no dia 03/10/1990: terreno destinado à criação da Comunidade São Francisco de Assis.
A princípio foram levantadas as barracas, feito banheiros comunitários. Água e energia elétrica eram fornecidas pelo Sr. Rodrigo, onde era efetuado o rateio do valor de cada conta entre as famílias. Não havia “gato” (furto de energia ou água). E sim a divisão por número de famílias! Foi um movimento bem organizado!
Dentro das barracas de lona
Dentro das barracas de lona, a iluminação era por meio de velas. E quem tinha melhor condição, tinha liquinho! Estudei anos sob luz de velas. Não tínhamos geladeira. Assim os alimentos e a comida estragavam com bastante facilidade. Aprendi que é melhor fazer pouco e mais vezes, para evitar o desperdício!
A água para o banho era esquentada no fogão de lenha (daqueles bem simples: feito direto no chão, com tijolos) e tomado de caneca, na bacia. Quando minha Mãe tinha dinheiro para passagem, eu e minha Irmã íamos de ônibus para a escola. Se tinha pouco dinheiro, andávamos até o bairro Braúnas para pegar o extinto ônibus “Cata-osso”, que era mais barato! E quando não tinha dinheiro, íamos a pé para a escola!
Em época de chuva, vocês não sabem o pavor da chuva de vento, medo de carregar a lona e molhar, estragar as poucas coisas adquiridas. Quando empossava água em cima da barraca de lona, fazíamos furos para a água não acumular, pesar e estragar a barraca.
A conquista da terra
De um modo democrático foi efetuado o sorteio dos lotes. Estes foram divididos, demarcados e sorteados. Cada chefe da família recebeu a sua respectiva planta para iniciar a construção. Assim, cada família estava liberada para ocupar o seu terreno. Mais uma vez, desmonta e monta barracas. Mas foi diferente: com o prazer da conquista da terra. Com a divisão dos lotes, também começou a divisão entre as pessoas; não havia mais a cozinha comunitária. Este individualismo se refletia não só na partilha dos alimentos, mas na pouca participação nas orações, terços, celebrações, missas e reuniões. Também houve a introdução de outras religiões e mais segregação.
Quando mudamos para a nossa casa de tijolo, a Copasa colocou hidrômetro e a Cemig instalou os postes nas ruas e colocou os padrões. Só a partir daí comecei a tomar banho de chuveiro elétrico. Nesta época eu já tinha uns 18 anos. Nossa, foi incrível! Mesmo com o barro e com a poeira, sentíamos estar no céu! Recebemos doações de materiais de construção diversos das Irmãs Franciscanas da Holanda.
Esperança
Em homenagem às Irmãs Franciscanas Penitentes Recoletinas que nos apoiaram e nos acompanharam durante todo o percurso e por ter recebido guarita na “Igrejinha” da Pampulha, aqui se chama Comunidade São Francisco de Assis. A Comunidade segue, mantendo viva a lembrança, a história da caminhada de luta, batalha, fé e oração. Cada pessoa que passa por uma experiência desta aprende a ser forte, a não desistir, a ser resistência! Também aprende a ter esperança, a ter fé em dias melhores!
Como nem tudo é perfeito, apareceram oportunistas! Conheço muitas pessoas que fizeram das ocupações uma profissão: jeito de ganhar dinheiro, porque invadem e vendem. No meu caso foi por necessidade! E até hoje minha Mãe mora no mesmo lugar. Eu só mudei, porque me casei em 2009, mas moro uma rua abaixo.
Não acho correto invadir terrenos, mas a sobrevivência fala mais alto. Tente se colocar na posição da minha Mãe:
- analfabeta,
- separada,
- não recebia pensão alimentícia,
- com 3 filhos para criar,
- foi despejada da casa que morava,
- não recebeu nenhuma indenização
- era mal remunerada.
- Com os filhos ainda em período escolar: tinha que comprar uniforme, comida e material escolar!
Olha: eu nunca repeti um ano, da 1ª série do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Nem mesmo quando eu não tinha residência fixa!
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7 motivos importantes para a vacinação de seus filhos
Manter os filhos protegidos e saudáveis é objetivo de qualquer pai e mãe, mas será que eles sabem como protegê-los de doenças graves? A imunização é uma das melhores formas de proteção contra doenças sérias como meningite, poliomielite, catapora e pneumonia, que podem até levar a óbito, especialmente crianças pequenas.1,5 As vacinas reduzem o risco de infecção, estimulando as defesas naturais do corpo, ajudando-o a desenvolver a imunidade à doença.1
O Ministério da Saúde orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas indicadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS).2,5
Algumas vacinas estão disponíveis somente na rede privada. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também possuem caléndários de vacinação com recomendações para a imunização das crianças.3,4
Confira abaixo alguns motivos importantes para os pais pensarem na prevenção dos seus filhos.
7 motivos importantes para a vacinação de seus filhos
1 – As vacinas podem proteger os seus filhos de doenças sérias5,6
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação ainda é a melhor forma de prevenção das doenças. As vacinas evitam o agravamento de doenças, internações e até mesmo óbitos.5 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação em massa evita entre 2 a 3 milhões de mortes por ano e é responsável pela erradicação de doenças.6
2 – Segura e efetividade das vacinas.7,9
As vacinas são efetivas e protegem contra muitas doenças sérias. Antes de serem disponibilizadas ao público passam por rigorosos testes de segurança e eficácia, além de serem avaliadas por órgãos regulatórios (Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA).9 As vezes após a vacinação algumas pessoas podem apresentar sintomas leves, como vermelhidão no local da injeção e febre, mas esses sintomas são brandos e de curta duração. As vacinas ajudam a desenvolver a imunidade sem causar a doença. Elas estimulam o corpo a desenvolver a proteção para que o organismo reconheça e combata a doença.7
3 – A importância da vacinação para a proteção coletiva.8
Alguns bebês e crianças não podem receber determinadas vacinas devido a alergias graves, sistemas imunológicos debilitados ou outras razões. Para ajudar a mantê-los protegidos, é importante que você e seus filhos sejam imunizados. Isso não apenas protege sua família, mas também ajuda a prevenir e evitar a disseminação de doenças para essas pessoas.8
4 – As vacinas não causam autismo.9
Muitos estudos sérios verificaram que não existe relação entre a vacinação e o desenvolvimento do autismo. Em 1998, foi publicado um artigo em que o autor afirmava ter encontrado relação entre uma vacina e o autismo. Mais tarde, descobriu-se que ele havia manipulado os dados. O autor foi criminalmente responsabilizado, teve o registro médico cassado e o artigo foi retirado dos arquivos da revista Lancet, onde fora publicado.9
5 – Receber muitas vacinas não sobrecarrega o sistema imune da criança.10
Pelo contrário, ajuda a oferecer desde cedo a proteção contra as doenças. Mesmo quando o bebê recebe diversas vacinas no mesmo dia, essas vacinas contêm apenas uma pequena fração dos antígenos com os quais ele naturalmente se depara todos os dias em seu ambiente. Lembrando que o sistema imunológico de um bebê saudável luta com sucesso contra milhares de microrganismos todos os dias.10
6 – Entre as doenças graves preveníveis por vacinas, temos a meningite meningocócica.11,12,13
A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e até mesmo levar a óbito.11 Ela é causada pela bactéria Neisseria meningitidis que possui 12 sorogrupos identificados, sendo que cinco deles são os mais comuns (A, B, C, W e Y).11,12
A vacinação é considerada a forma mais efetiva na prevenção da doença. Outras formas de prevenção são evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.13
Em 2017, os sorogrupos B e C foram responsáveis pela maioria dos casos em crianças abaixo de 5 anos, sendo 53% dos casos pelo B e 25% dos casos pelo C.18 Atualmente, existem vacinas para a prevenção dos 5 sorogrupos mais comuns no Brasil, a vacina contra a meningite meningocócica causada pelo sorogrupo B e a vacina contra os sorogrupos A, C e W e Y. A vacina para a prevenção do meningococo B está indicada a partir dos 2 meses de idade até os 50 anos, somente disponível na rede privada.15
A vacina para prevenção da doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y é indicada para crianças a partir dos 2 meses de idade, adolescentes e adultos, também disponível apenas na rede privada.3,14 Nos postos de saúde, a vacina contra a doença causada pelo meningococo C é gratuita para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos. 2
Importante ressaltar que a meningite meningocócica não é uma doença só de criança, cerca de 10% dos adolescentes e adultos são portadores da bactéria, mas não desenvolvem a doença.15 Apesar disso, podem transmitir a outras pessoas através da saliva e partículas respiratórias.10 Por isso a vacinação é um recurso importante para a prevenção das meningites, em crianças, adolescentes e adultos.13
7 – As vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde.2
O Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como BCG (para prevenção da tuberculose em crianças); Hepatite B; Penta (vacina contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecção por Haemophilus influenzae); VIP/VOP (vacina inativada e vacina oral contra poliomielite – paralisia infantil); Pneumocócica (contra a infecção por pneumococo que causa meningite, pneumonia e infecção de ouvido – otite); Rotavírus; Meningite C (conjugada); Febre Amarela; Hepatite A; Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela – catapora); entre outras.2
Para mais informações, consulte o seu médico.
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Referências:
1 – CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Protect your baby with immunization. Disponível em: <https://www.cdc.gov/features/infantimmunization/index.html>. Acesso em: 03 out. 2018.
2- BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação: calendário nacional de vacinação. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/vacinacao/calendario-vacinacao>. Acesso em: 03 out. 2018.
3 – SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação da criança: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2018/2019 [atualizado até 26/08/2018]. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf>. Acesso em: 03 out. 2018.
4 – SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2018. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/21273e-DocCient-Calendario_Vacinacao_2018-final2.pdf>. Acesso em: 03 out. 2018.
5 – BRASIL. Ministério da Saúde. A vacinação ainda é a melhor forma de prevenir doenças. Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52650-a-vacinacao-ainda-e-a-melhor-forma-de-prevenir-contra-doencas>. Acesso em: 03 out. 2018.
6 – SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. SBP e CFM alertam a população e os médicos para a necessidade de estar com o calendário de vacinação em dia. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-e-cfm-alertam-a-populacao-e-os-medicos-para-a-necessidade-da-estar-com-o-calendario-de-vacinacao-em-dia/>. Acesso em: 03 out. 2018.
7- CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, Parents making the vaccine decision. Disponível em https://www.cdc.gov/vaccines/parents/vaccine-decision/index.html Acesso em 15 Out 2018.
8 – U.S. DEPARTMENT OF HEALTH & HUMAN SERVICES. Five important reasons to vaccinate your child. Disponível em: <https://www.vaccines.gov/getting/for_parents/five_reasons/index.html>. Acesso em: 03 out. 2018.
9 – SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Imunização: tudo o que você sempre quis saber. Rio de Janeiro: RMCOM, 2016. 277 p. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/books/imunizacao-tudo-o-que-voce-sempre-quis-saber.pdf >. Acesso em: 03 out. 2018.
10 – CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Infantimmunizations FAQs. Disponível em: <http://www.cdc.gov/vaccines/parents/parent-questions.html>. Acesso em: 03 out. 2018.
11 – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal Meningitis. Disponível em: <www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis>. Acesso em: 03 out. 2018.
12 – SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Doença meningocócica (DM). Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas/88-doenca-meningococica-dm>. Acesso em: 03 out. 2018.
13 – BRASIL. Ministério da Saúde. Meningites (Saúde de A a Z). Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites>. Acesso em: 03 out. 2018.
14 – MENVEO [vacina meningocócica ACWY (conjugada)]. Bula da vacina.
15 – BEXSERO [vacina adsorvida meningocócica B (recombinante)]. Bula da vacina.
16 – ERVATI, M.M. et al. Fatores de risco para a doença meningocócica. Revista Científica da FMC, 3(2): 19-23, 2008.
17 – LADHANI, S.N. et al. Invasive meningococcal disease in England and Wales: Implications for the introduction of new vaccines. Vaccine, 30: 3710-3716, 2012.
18 – Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “UF NOTIFICAÇÃO” para linha, FAIXA ETÁRIA” para coluna, “CASOS CONFIRMADOS” para conteúdo, “2017” para períodos disponíveis, “MM”, “MCC”, “MM+MCC” para etiologia, “SELECIONAR SOROGRUPO DESEJADO” para sorogrupos e “TODAS AS CATEGORIAS” para os demais itens. Disponível em: < http://tabnet.datasus.gov.br /cgi/ tabcgi.exe?sinannet/cnv/meninbr.def >. Acesso em: 15 Out. 2018.

Ciúmes do irmãozinho que chegou
Olá eu sou Dani Dias, coach de Pais e Filhos e estou muito feliz e honrada de poder, a partir de hoje, fazer parte do quadro de colunista do Padecendo no Paraíso e poder trocar com vocês um pouco sobre conteúdos diversos a respeito dos comportamentos das nossas crianças e adolescentes. No meu primeiro artigo vou falar sobre o ciúmes do irmãozinho.
Ciúmes do irmãozinho que chegou
“Filho a mamãe e o papai têm uma notícia maravilhosa para te contar”
“Você vai ter um irmãozinho ou uma irmãzinha!!! Aeeeeeee.”
Algumas semanas depois da notícia sobre o novo membro da família ou então depois da sua chegada em casa, o seu filho(a) começou a ter comportamentos que até então não tinha? Agressividade, choro excessivo, falta de apetite, pesadelos, birras para ir para a escola….
Ou então está regredindo em alguns comportamentos? Estava começando a falar e parou, não queria mais a mamadeira e agora só quer a mamadeira, dormia no quarto sozinho e agora não dorme mais, desaprendeu a calçar os sapatos…
Isso acontece e é muito compreensível. Para uma criança que até então era a única ou a caçula da casa, a que tinha todas as atenções e cuidados, ter que a partir de agora dividir seu posto com um desconhecido é algo novo e que muitas vezes a criança tem dificuldades para lidar com esse momento.
Por isso, sentir ciúmes nessa fase é algo extremamente comum com todas as crianças e pode ocorrer em qualquer idade. Principalmente quando mais novinhos, os pequenos não conseguem separar a emoção da razão e os pensamentos começam a ficar um pouco embaralhados em suas cabecinhas.
Pensamentos novos e diferentes começam a surgir em sua mente, como:
“Meus pais não vão ter mais tempo para mim.”,
“Ele é bebê e por isso é mais engraçado.”
“Os meus pais vão gostar mais dele do que de mim.”
“Vão dar mais atenção para ele do que para mim.”
E a criança não sabendo como expressar ou controlar esses sentimentos da chegada do irmão acaba tendo comportamentos negativos ou regressivos, típicos de idades mais precoces (xixi na cama, voltar a usar bico, querer ficar no colo…)
Ciúmes do irmãozinho é normal, e não podemos eliminá-lo, mas podemos ajudar os mais novos a lidar com ele e a controlá-lo. E uma boa notícia é que você mãe pode sim ajudar o seu filho mais velho a lidar com o ciúme do irmãozinho mais novo desde antes a sua chegada, com conversas e explicações de que o novo irmão está vindo para fazer companhia para ele e não para ficar em seu lugar.
Após a chegada do irmãozinho mais novo, práticas simples podem ser eficazes para se evitar o ciúme, como:
- Não fazer comparações entre os irmãos.
Ex: “Você está agindo igual seu irmão mais novo! E olha que ele é só um bebê”.
- Valorizar o mais velho pela idade que tem e levá-lo para participar da rotina do irmãozinho. É muito bom também, elogiar e agradecer por poder contar com a ajuda dele
Ex: Ajudar a preparar a mamadeira, o banho, escolher a roupa do irmão.
Ex: “Que bom que você está aqui para ajudar a mamãe a acalmar o seu irmão, muito obrigada por isso”
- Separar um tempo a sós com seu filho mais velho, para fazerem algo que vocês gostam. Decretarem um dia D
Ex: Irem ao parquinho, cinema, shopping…
- Valorizar a importância de um irmão na vida do outro e da união entre eles.
Ex: “Daqui a pouco você e seu irmão estarão um ajudando o outro”
“Vocês irão se divertir muito juntos”
Desafios
A chegada de um novo membro na família é uma experiência nova para o filho mais velho e pode ser uma fase um pouco mais desafiante para a família e ao mesmo tempo uma oportunidade para os pais ensinarem ao filho a lidar com a emoção do ciúme, fazendo dessa experiência uma alavanca de desenvolvimento e de maturidade para o filho e para toda a família.
Estou à disposição para tirar dúvidas e ouvir sugestões de temas para os próximos artigos e de melhoria, afinal estou aqui para também aprender com vocês.
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Teste da Orelhinha – Você já ouviu falar?
O que os pais mais desejam é que seu bebê tenha saúde e desenvolva-se bem. Para isso, exames simples como o teste da orelhinha nos recém nascidos podem evitar problemas mais sérios no futuro.
Teste da Orelhinha – Você já ouviu falar?
A incidência de perda auditiva na população neonatal varia de 1 a 6:1000 nascidos vivos normais. E de 1 a 4:100 recém-nascidos atendidos em UTI Neonatal, segundo dados de diferentes estudos epidemiológicos publicados.
Comparando-se com outras doenças de triagem universal, como:
- fenilcetonúria (0,07/1000),
- hipotireoidismo congênito (0,17/1000),
- anemia falciforme (0,20/1000) ou
- hiperplasia congênita de supra-renal (0,14/1000),
Verifica-se que há justificativas muito fortes para o estabelecimento de um programa de Triagem Auditiva.
São bem conhecidas as conseqüências desastrosas da perda de audição com implicações diretas no desenvolvimento, na escolaridade, no relacionamento social e no status emocional.
Triagem auditiva neonatal (TAN)
Sua detecção, através da triagem auditiva neonatal (TAN), preferencialmente realizada até os 30 dias de vida. Seguida da intervenção em tempo hábil (até os seis meses de vida), pode tornar possível a aquisição da linguagem oral, bem como os consequentes benefícios nos aspectos psicossociais.
Os procedimentos mais recomendados (emissões otoacústicas evocadas e o potencial evocado auditivo de tronco encefálico) são métodos rápidos, objetivos e indolores à criança. Uma sonda pequena é colocada na parte externa da orelha do bebê e emite um som. Um aparelho ligado à sonda e, em algumas vezes, à eletrodos, capta as respostas da criança, que serão analisadas pelo profissional para verificação da função auditiva.
A TRIAGEM AUDITIVA deve ser realizada por um profissional com formação na área de audiologia, como por exemplo, fonoaudiólogo ou médico otorrinolaringologista.
Lembre-se de realizar a triagem auditiva no seu filho. Ela é a única estratégia capaz de detectar precocemente perdas auditivas que irão afetar a qualidade de vida da criança.
Informe-se.
Leia também:

Identidade de gênero
Estudo e trabalho com identidade de gênero. Vejam bem, IDENTIDADE de gênero. Esse tema tem sido amplamente debatido ao longo dos últimos anos. Em 2011, o Ministério da Educação produziu material denominado “Escola Sem Homofobia”, (http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2015/11/kit-gay-escola-sem-homofobia-mec1.pdf) visando tratar tema bastante delicado em nossa sociedade. Discorreram sobre a violência física e simbólica sofrida por pessoas que destoam do que chamamos de heteronormatividade. O conteúdo, basicamente, orientava os professores a ensinar seus alunos sobre o respeito às pessoas, independente de sua orientação sexual.
Ideologia de gênero
Porém, após uma leitura rasa deste material, figuras políticas resolveram combater o que eles nomearam “ideologia” de gênero. Importante salientar que este termo foi cunhado por eles, inexiste na literatura. Pejorativamente apelidaram o material de “kit gay”. Bradaram aos quatro ventos que o objetivo era ensinar às crianças que, mesmo nascendo do sexo masculino, eles poderiam escolher ser mulher e vice-versa. Como se isso fosse possível.
Este discurso imprudente gerou na sociedade brasileira comoção tamanha que pessoas que realmente se importam com o futuro de nossos jovens e crianças passaram a ser utilizadas como massa de manobra.
Gênero Social
Ao contrário do que dizem os que se nomeiam defensores da moral e bons costumes, a expressão gênero social possui respaldo científico. Surgiu através de estudos antropológicos que provaram que seres humanos, ao longo do tempo, atribuem papéis sociais distintos a homens e mulheres. Assim, a categoria homem e mulher, diferentemente do sexo biológico (macho e fêmea), é uma construção social, que muda com o passar do tempo e está ligado ao contexto cultural em que os indivíduos estão inseridos.
Vamos exemplificar. Hoje estou aqui expondo minhas idéias em rede social. Coisa impensável para minhas bisavós (possuímos a mesma biologia, correto?). Impensável não pela ausência de tecnologia (óbvio, não?), mas por costume da sociedade de outrora, que não as permitiam frequentar a escola, dirigir automóveis, usar calça, votar, e por aí vai. Isso era coisa de homem. Cabelo grande, cuidados com a beleza, cozinha, filhos, coisa de mulher…
Identidade de Gênero
Vamos além. A questão de gênero gerou pesquisas sobre a condição de pessoas que possuem uma identidade de gênero que não coincide com a sua biologia, ou seja, pessoas que mesmo tendo uma anatomia que lhe vincula a um sexo biológico (macho ou fêmea) se identificam, desde sua primeira infância, com os papéis sociais atribuídos ao sexo oposto – os transexuais.
Ah! Isso é coisa da modernidade! Esses estudos estimulam esse descabimento! Larguemos os achismos e mergulhemos em estudos: existem relatos de indivíduos que experimentam essa condição nos mais variados períodos da história e nas mais diversas culturas! E sim, inclusive em culturas não ocidentais (grupos de povos indígenas, chineses, indianos e árabes).
Ótimo, mas o que temos a ver com isso? Tudo. Tudo mesmo.
E por que falar sobre isso?
Porque ao pesquisar e testemunhar a violência sofrida por estas pessoas, constatei a dura realidade de crianças e jovens que, por não se enquadrarem em um padrão de comportamento visto como “normal”, são violentados, das mais diversas formas, rotineiramente. Soma-se à isso o fato dessas violências serem negligenciadas e, algumas vezes, até estimuladas por “educadores” e família. Isso quando esses não são os próprios autores das agressões. Este cenário torna evidente a importância de introduzir, na formação dos professores, diretores e estudantes, conteúdos que os ajudem a lidar com a diversidade sexual de forma humana e consciente, entendendo que independente da orientação sexual, todos merecem ser respeitados.
Ainda não te convenci sobre a importância de falarmos sobre gênero. Queremos mesmo é convencer crianças a fazer cirurgia de mudança de sexo, forçar meninos a usar batom e meninas cortarem o cabelo? Não, cara pálida! Queremos mostrar que todos podem ser afetuosos e respeitosos, queremos produzir oportunidade para todos serem o que quiserem (bailarinos, cientistas, médicos, astronautas, designer e o que mais vier), queremos prevenir a violência sexual e o respeito ao corpo, queremos ensinar que meninos também sofrem violência sexual.
Violência
Não, obrigado. Isso faço em casa.
Último aviso: mais de 70% das violências sexuais acontecem em ambiente intrafamiliar.
Ah, não deu para ser o último.
Segue mais um, didaticamente transmitido pela página Pipo e Fifi (sigam! Leiam, absorvam, permitam que nossas crianças, nas faixas etárias adequadas, falem sobre isso):
“Violência sexual: o gráfico do G1 (Ministério da Saúde) mostra que a maioria esmagadora dos agressores são homens. E a maioria das vítimas são meninas. O que faz abusar não é a testosterona, não é um código genético. Homens abusam porque são socializados assim: aprendem a exercer controle, poder. É uma questão de gênero. Quiz para você que é inteligente: se é uma questão de gênero, a prevenção da violência sexual pode acontecer na escola por meio da discussão sobre:
a) mortadela
b) canetas Bic
c) tabuada
d) gênero”
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Aparelho sexual e cia – Hélène Bruller
Depois de tanta polêmica sobre o livro Aparelho Sexual e Cia, consegui encomendar um exemplar e li assim que ele chegou. Comprei na livraria Cultura e conversei sobre ele com o menino que me atendeu. O livro ficava na parde de literatura para maiores de 16 anos.
Quando comecei a ler fiquei me lembrando se tinha sentido eu ler aquilo tudo aos 16 anos. A resposta é não! Ah, gente, sem falso moralismo, com 16 anos eu já tinha visto muita revista de conteúdo adulto para maiores de 18 e até umas coisas inadequadas para qualquer idade.
Eu acho válido para crianças à partir de 10 anos. Aqui escolhi deixar meu filho ler alguns capítulos agora, com 9, e deixar outros mais pra frente, ele só lê quando eu posso ficar ao lado esperando.
Aparelho sexual e cia
O livro Aparelho Sexual e Cia. (Le Guide du zizi sexuel) é um livro francês escrito por Hélène Bruller e ilustrado pelo cartunista suíço Zep, cujo conteúdo está destinado à orientação sexual de alunos entre 11 a 15 anos de idade. Não é um livro infantil, está mais para infanto-juvenil embora tenha essa frase: Um guia inusitado para crianças descoladas” na edição brasileira.
Ele foi traduzido para mais de 25 países, incluindo a República Popular da China. A obra especificamente foi publicada em dez línguas, vendeu mais de 1,5 milhão de exemplares. No Brasil, a foi lançado seis anos depois de sua publicação original, em 2007, pelo selo juvenil da editora Companhia das Letras.
Vou pegar o Sumário porque assim a gente fala de cada tema do livro:
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Estar apaixonado
Meu filho tem 9 anos e meio e eventualmente menciona que alguém está apaixonado. Ele me pediu pra ler esse capítulo e eu deixei. Com 9 anos eu também queria saber o como era estar apaixonada.
Esse capítulo também fala sobre namoro: o que é namorar, como namora, quando pode namorar? Como é que beija na boca?Poxa, com 11 anos eu queria tanto ter respostas pra isso! Eu era doida pra namorar, mas tinha um medo danado de fazer tudo errado, e quando meu amigo me pediu em namoro eu queria muito aceitar, ai eu perguntei pra minha mãe como era e ela disse: quando chegar a hora você vai saber. Estou gostando mais das respostas do livro. -
A puberdade
Tem menina que fica menstruada com 9 anos. Ai você pensa: a puberdade chega sem hora marcada, a gente vai ficando peludo, os peitos vão crescendo, e as espinhas aparecem, e a voz muda, e mais um monte de coisas sinistras acontecem como nosso corpo. A gente olha no espelho e não se reconhece. Não é bom saber que essa esquisitice toda que rola é normal? E que acontece com todo mundo!? Problema nenhum um livro dizer que chupar bala não te faz “pegar puberdade”, né?
E os meninos precisam saber que mulher menstrua, que é um porre, que a gente fica com medo de sujar a roupa. Que tem que usar absorvente. Que tem vários tipos de absorvente e coletores menstruais. Tem que saber que mulher tem TPM. Melhor saber desas coisas na teoria do que aprender direto na prática.
Esse capítulo também fala de sexo como a grande questão da puberdade, e ai tem umas linhas respondendo a pergunta:
Um menino pode gostar de outro menino?
A resposta do livro é bem mais fofinha e menos direta do que a que eu vou te dar aqui: Sim, um menino pode gostar de outro menino e uma menina pode gostar de outra menina. Saber que isso pode acontecer não faz com que aconteça. Mas saber disso pode fazer uma enorme diferença pra quem sente e se acha um ET por sentir diferente. Quem sente vai pensar: ufa, que bom, eu sou normal. Quem não sente vai saber, ufa, não tenho que fazer bullying com o meu colega, não tem nada de errado com ele!
“Eu não sou homofóbico, mas…” nem precisa continuar a frase, você é, mas nunca é tarde pra deixar de ser homofóbico, nem pra deixar de ser hipócrita! -
Transar
Eu aprendi na escola aos 11 anos, numa aula bem técnica e bem detalhada, com fotos e tudo mais, como era a relação sexual. Eu não saí correndo querendo fazer aquilo, pelo contrário, eu pensei: “Que nojo! Eu nunca vou fazer isso! Eca! Minha avó fez isso 9 vezes!
Eu só fiz um, por isso que tenho só um filho, tá vendo!?
Apesar de ter aprendido o que era e como era com 11 anos, eu só coloquei em prática com mais de 18 anos. O fato de saber sobre doenças sexualmente transmissíveis e como prevenir a gravidez, provavelmente me ajudou a ter juízo e responsabilidade.
E nesse capítulo fala sobre o que é. Quando pode transar. Que a gente não é obrigado a transar. O que é ser virgem.
Também aborda masturbação, e, bom, porque não falar se a gente vê os filhos se trancando no quarto ou no banheiro à partir de certa idade?
E fala que ninguém é obrigado e fazer nada que não tenha vontade. Ou seja, ninguém pode ser forçado a fazer o que não quer!
Ah, e tem um desenho de um homenzinho pelado com um buraco nas partes baixas de frente pra uma mulherzinha pelada também com um buraco com a instrução, coloque o seu dedo aqui. Seu dedo entra e faz as vezes de um pênis que entra no buraco da mulher. Tem gente que acha o desenho absurdo, eu fico pensando no absurdo que é um adulto fazer isso com uma criança, porque tem mais criança sendo abusada sexualmente no Brasil do que com acesso à informação que poderia os crimes. Confesso que algumas ilustrações me incomodaram, mas o texto não. -
Fazer um filho
esse capítulo aborda não só o ato sexual para fazer o filho, mas a gestação e todas aquelas perguntas que todo mundo faz. Tem também uma parte sobre como os animais nascem. Ajuda a entender que o nascimento é uma coisa natural.
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Se proteger
Pílula, camisinha, doenças sexualmente transmissíveis, ginecologista, todas aquelas questões importantes para ter uma vida sexual saudável, sem doenças e sem gravidez indesejada.
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Fique Esperto
Aparelho sexual e cia é uma porta aberta para a pedofilia?
Um parágrafo fala que às vezes acontecem coisas que não achamos normais, mas não temos coragem de falar. E aí tem um parágrafo que explica o que é pedofilia. Ele fala sobre um adulto querer abusar sexualmente (mas sem entrar em detalhes sobre o ato sexual). Tem um parágrafo que explica o que é incesto e diz que “ninguém tem direito de tentar tocar você de uma forma que você não quer”.
Entre outras questões, também existe a orientação de ligar para o Disque 100. E tem o link para a ouvidoria online do Ministério dos Direitos Humanos.
Todas as informações sobre pedofilia são extremamente importantes, quem não vai gostar delas? Certamente os pedófilos terão mais dificuldades em fazer suas vítimas! Criança bem informada, que sabe dos seus direitos vai ser mais difícil abusar ou conseguir manter calada!
Tem quem pense que criança não precisa saber disso, que é muito cedo. Infelizmente, a maior parte das vítimas, só é vítima por falta de conhecimento.
Aqui algumas matérias sobre casos de abuso sexual infantil.
Porque educação sexual não pode ser um papel só da família e não pode começar só na adolescência:
Homem é preso por estuprar a própria neta durante um ano.
Professor de escolinha de futebol é investigado por estuprar alunos.
Laudo aponta estupro consumado em menina de 7 anos em canapolis, tio esta foragido
Pedófilo: um inimigo ao seu lado
Abusada sexualmente pelo meu irmão
Criança não é brinquedo de gente grande
Existem outros livros, adequados para crianças menores que vão ajudar a prevenir o abuso sexual infantil! Conheça:

Psicólogos infantis de Belo Horizonte
As famílias precisam de ajuda! Mães precisam de ajuda. Trabalho, marido, casa, filhos. É difícil equilibrar tudo, o acompanhamento profissional, muitas vezes, esclarece o que estamos fazendo de errado, diagnostica e nos direciona para mudanças de atitude necessárias. Saiba quais são os psicólogos infantis de BH mais indicados pelas padês.
Os psicólogos infantis de Belo Horizonte
mais recomendados pela padês
1. Cristina Silveira
Psicanalista, Psicopedagoga
Consultório de atendimento psicoterapêutico e psicopedagógico para crianças e adolescentes, e apoio a pais e adultos.
Rua Gonçalves Dias, 1181/1103 – Funcionários
Telefones: (031) 9935-6228 / 3658-8830
Facebook: Clinica Cristina Silveira
https://www.facebook.com/groups/553096701424043/?fref=ts

2. Elena Sabino Guedes
Psicoterapia para crianças
Orientação para famílias
Rua Cristiano Moreira Sales, 150/409. Buritis
Telefone: 996484556
3. Michelle Rocha
CRP-MG 04/28312
Psicóloga clínica, com atuação nas aéreas de psicoterapia de crianças, adolescentes, adultos e casais. Psicóloga educacional (school counselor) na Escola Americana de Belo Horizonte. Atua também como coach pessoal e profissional.
Graduada em Psicologia pela PUC/MG; formação em Psicoterapia Centrada no Cliente pelo Centro de Psicologia Humanista de MG; Mestre em lazer pela UFMG e Personal and Professional Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching.
Endereços:
– Rua dos Andes, 371 A – Prado
– Av. Mário Weneck, 2170 / sala 805 – Buritis
Contatos
www.michellerocha.net.br
[email protected]
(31) 98788-3375
Facebook
www.facebook.com/michellerochapsicologa
4. Daniela Salum
Atendimento Infantil, Adulto e Orientação Familiar
Rua José Rodrigues Pereira, 487 – Bairro Estoril/Buritis
Av. Cristiano Machado, 640/404- Bairro Sagrada Família (esquina com Av.Silviano Brandão)
Telefone: 986340269
Atendimento Adulto e Orientação Familiar
Rua do Ouro, 1488/101 – Bairro Serra
Telefone: 986340269
5. Patrícia Guimarães
CPR- MG 04/31625
Formação em Psicoterapia e Hipnoterapia Ericksoniana, Psicoterapia Ericksoniana com crianças e adolescentes, Orientação Profissional, Psicodiagnóstico e Coaching.
Pós-graduada em Gestão da Psicologia Organizacional.
Atuação nas áreas de psicoterapia de crianças, adolescentes e adultos;
Atendimento de casais; Psicodiagnóstico; Orientação Profissional e Orientação de Pais.
Endereço: Rua Conde de Linhares, 837, Cidade Jardim
E-mail: [email protected]
Telefones: (31) 99636-9874
Convênios: Não aceita convênios (apenas pacientes particulares) e Atendimento pela clínica social após triagem socioeconômica.

6. Carlos Alberto Gattini
Carlos Alberto Gattini
CRP 04/8576
Especialista em psicologia clínica da criança e do adolescente.
Novo endereço: Avenida Prudente de Morais, 840 sala 702
Cidade Jardim CEP 30.380-252
Telefones: (31) 3296-0662 (31) 9128-4897
[email protected]
[email protected]
7. Larissa Figueiredo Gomes
Psicóloga clínica e hospitalar
Rua Uberaba, 370/406
Telefones: (31) 3295-1183 ou 3295-2370
8. Cristina Vidigal
Rua Rio Grande do Norte, 1560, Savassi
Telefone: (31) 3284-9369
9. Adriana Abijaodi Vieira
Rua Des Ribeiro da Luz, 363
Telefone: (31) 3389-6705
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Convulsão febril do Benjamim
Sempre fui uma mãe tranquila, e febre nunca me assustou. Medicava, esperava 48 horas e, se não melhorasse, levava ao médico. Nunca imaginei o que seria uma convulsão febril.
Foi assim com o Breno o meu mais velho, e assim estava sendo com Benjamim, já com 1 ano e 8 meses. Ele já tinha tido febre antes, inclusive febre bem alta, e nunca teve nada.
Convulsão febril
Por Hellen Mundim Pena Veloso
Estávamos de férias na casa de praia, e Benjamim ficou gripadinho e teve febre. Ela estava baixa, não chegava a 38. Eu dei a dipirona, e meu marido deu a mamadeira de água. Fui tomar banho e meu marido começou a me gritar. Corri na nossa cama e vi Benjamim parado, com o olho aberto, sem respirar. Fiquei tão assustada que saí gritando minha irmã, que é médica.
Enquanto isso, meu marido e a babá o viraram de bruços. A cena que mais me marcou foi essa. A cabecinha dele tombando pra baixo totalmente mole, e o cabelinho dele loiro esvoaçando. Minha irmã, meu cunhado, e o marido da minha prima, todos médicos, chegaram ao quarto. Nessa altura já tinha umas 10 pessoas ali dentro, e os 3 começaram a tentar todas as manobras possíveis. Viravam ele de bruços, tapa nas costas, massagem cardíaca, respiração boca a boca.
Medo
Ninguém sabia o que estava acontecendo, ele continuava sem reação. Eu gritava, minha prima me abraçava forte e falava: calma! Calma! Ali eu tive um medo tão absurdo, que não sei descrever. Pensei que fosse perde-lo. Isso tudo durou uns longos 3 minutos. Para mim, uma eternidade. Até que eu me desvencilhei dos braços da minha prima e consegui chegar para ver seu rostinho. Foi aí que ele começou a revirar os olhinhos. Estava começando ali uma convulsão. Que durou muito pouco, acho que nem 30 segundos. Mas só de ver ele tendo alguma reação, eu juro que já fiquei um pouco aliviada. Pelo menos ele estava vivo.
Depois que a convulsão passou – que é muito parecida com a de um adulto, só um pouco menos violenta – ele começou a chorar. Um choro apático, assustado. Nenhum de nós, inclusive os médicos presentes sabia que uma convulsão febril poderia começar assim. Mas de toda maneira, o choro dele trouxe alívio pra todos nós. Então, foram muitas as dúvidas em torno do que ele teve. E por isso saímos de lá direto para o hospital. Lá deram 40 gotas de Gardenal pra ele, fizeram um monte de exames absolutamente desnecessários, talvez para dar a impressão que estavam fazendo alguma coisa. Não apareceu nenhum neurologista pediátrico. A essa altura eu já tinha contactado o pediatra dele em Belo Horizonte e ele procurou me acalmar:
“Hellen, em 40 anos de profissão, eu nunca vi uma criança morrer de convulsão febril. Fique tranquila.”
Nada como o conhecimento para nos acalmar. Passamos a noite no hospital, sei lá por quê. Eles diziam que era para observação. Eu e meu marido sentados ao lado da caminha dele, verificando cada respiração, com medo daquilo se repetir.
Já em Belo Horizonte, consultamos uma especialista. Ela nos orientou, disse que não daria nada pra ele tomar. Nada de Gardenal, aquilo era outro caso. 90% das crianças que têm convulsão febril, têm uma vez apenas. Então o procedimento era esperar 1 ano. No final de 11 meses ele teve convulsão novamente. Novamente a febre não estava alta. Dessa vez eu não estava por perto. Mas a babá, que já tinha vivido isso uma vez, conseguiu ficar mais calma. E eu também. Mas a partir desse momento, ele teve que ser medicado. Não é sempre, é somente quando ele tem febre. Mas até os 5 anos teremos que conviver com esse risco. Enquanto isso o remédio anti-convulsivante + um Alivium vão com ele pra onde ele vai. Ele nunca mais teve nada, mas sempre que começa uma febre, já damos o anti-convulsivante.
Convulsão febril
É incrível como uma “característica” tão comum em crianças desperte tantos mitos. Depois de estudar muito sobre o assunto, conversar com médicos e me informar, alguns deles caíram para mim.
- Para uma criança ter convulsão febril, a febre não precisa estar alta.
- Seu filho pode começar a ter convulsão febril depois de já ter tido várias febres antes.
- Com 5 anos de idade, as convulsões acabam.
- Convulsão febril não causa lesões cerebrais. A criança volta ao normal pouco tempo depois. A não ser, claro, que a convulsão seja longa. Aí é outro caso. Uma convulsão febril dura segundos.
- No caso do meu filho, ele é medicado com o anti-convulsivante apenas nas primeiras 24 horas de febre. Se é uma virose e ele tem febre por 10 dias, só o primeiro dia tem risco. O restante, não mais.
- Por fim, essa “parada” que ele teve é normal. Faz parte do processo “pré-convulsão”. O importante é a criança estar em um local seguro, sem água por perto nem nada na boca.
- E que Deus proteja nossos pequenos!
Publicado em 03/06/2015
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