Nome: Nathália Bini
Idade: 35 anos
Profissão: Jornalista
Altura: 1,60 m
Manequim: 36
Verdades secretas de Nat Bini
Eu tinha cabelo curto anelado, andava de velotrol e usava short e camiseta. Fui confundida com menino muitas vezes. Cresci um pivete, uma moleca. Virar mulherzinha foi duro. Incorporar hábitos de beleza não é tarefa fácil pra mim, portanto, se eu consigo fazer alguma coisa, você consegue demais!
Meu nome é Nathália, tenho 35 anos, 2 filhos: Miguel, de 4 e Pedro de 1ano e 5 meses. Sou jornalista e sempre trabalhei como repórter de TV. O que me ajuda muito, porque preciso estar arrumada, maquiada e penteada. Ou seja, pra garantir o pão eu PRECISO estar mulherzinha, o que me SALVA!
Cuidados com a pele
Foveira: Essa palavra tão antiga faz parte da minha vida desde a infância, quando minha mãe gritava para eu passar água nas canelas antes de sair. Minha pele do corpo é igual à imagem do sertão nordestino: toda craquelada, de tão seca! E de todos os cremes que já testei no mundo, não abro mão do Nívea, pele seca a extraseca. Adoooro aquela sensação de que tomei um banho de óleo, porque em segundos ela já está seca de novo. Quando a coisa tá feia, principalmente no inverno, lasco um Cetaphil e ainda passo Bepantol líquido para peles. E voltei a usar esses óleos de banho (agora estou com Séve, da Natura).
Cuidados com mãos e pés
Mãos e pés: Justamente por essa característica seca, carrego na bolsa um creme para as mãos. Adoro aqueles de frutas bizarras da Natura ou de leite da L´occitane. Deixo no criado, ao lado da cama, um para os pés, que varia conforme o saldo da conta corrente. No inverno, passo o creme e coloco meia. Acordo com eles bem macios.
Lábios: Vivo com um Nívea, Essential Care, na bolsa. Bem melado, para acabar com a secura. Minha boca racha sempre, de sair pele. No sol, sempre passo o Carmex, um protetor americano pra quem faz esportes na neve. Protege bem. E aqui vai um adendo: não adianta uma boca linda com dentes mal cuidados. De 6 em 6 meses vou ao dentista tirar qualquer resquício de tártaro e capricho na escovação e fio dental.
Rosto: Incorporar cremes para cada canto da cara pode parecer um tormento, mas é importante demais. Hoje passo La Roche Vita C de dia, La Roche R à noite. Quando minha rosácea ataca, passo o Rosaliac. Filtro solar amo o da Shiseido, mas minha dermato mandou usar Anthelios, da La Roche, porque a pele precisa de algo a mais na minha idade. (Morri ao ouvir isso).
Procedimentos estéticos (cirurgia plástica, botox, peeling, etc)
Já operei tanto na vida que hoje não tenho medo de mais nada. Além das 2 cesáreas, tenho um currículo com apendicite, varizes, desvio de septo e reconstrução mamária. Tirei muita pele, reconstruí o mamilo e coloquei uma prótese pequena (250 ml). Tenho menos peito hoje que na adolescência. Mas foi a melhor coisa que fiz na vida. Meu guarda roupas mudou e me senti outra mulher.
Quanto a procedimentos estéticos já caí em cada conto do vigário… O pior é gastar e não ver resultado. Hoje faço apenas depilação a laser na virilha e axila (tomando coragem para fazer na meia-perna) e fiz preenchimento (duas vezes, uma por ano) nas linhas em volta do lábios para minimizar o fosso formado ao longo do tempo. É tão fundo que preciso de duas ampolas para preencher. Minha dermato está me convencendo a fazer botox preventivo na testa e pés de galinha (segundo ela, como faço muitas caras e bocas, vou ficar marcada cedo demais). Ainda não decidi.
Para evitar uma nova cirurgia (meu marido está cansado de ser acompanhante nessas horas) e fechar a diastase surgida após duas gestações, encarei a técnica Tupler, que consiste no uso de uma faixa e zilhões de abdominais por dia. Funciona muito, mas requer uma disciplina foda de manter. Já cumpri o tratamento e estou na fase da manutenção, que não tenho feito por pura preguiça, arriscando perder os 3 meses de exercícios.
Outro procedimento que encarei foi a sobrancelha definitiva. Hoje acho uma mão na roda, mas confesso que me assustei muito no início porque ficava marcada demais. Meu marido me chamou de travesti!
Ritual diário de cuidados com a aparência
Reboco na cara: Não existe outra aliada na vida feminina que a maquiagem. Como estou no vídeo todo dia, preciso apagar as olheiras, minha sina. Uso um corretivo amarelo da Catherine Hill (marca profissional tupiniquim que só encontro no terceiro piso da Galeria do Ouvidor). Mas existem ‘amarelos’ de várias outras marcas, como MAC, Mary Kay… Depois dele passo um corretivo bege normal e pó (usava Shiseido e agora Boticário, sintomas da alta do dólar). Base só uso quando gravo no estúdio, porque as luzes são muito fortes. Estou com uma do Boticário alternando com Mary Kay. Para um olho bacana, um trio básico: claro, bege e marrom, para o côncavo. E SEMPRE uso rímel para dar volume, porque meus cílios são finos demais. Amo o Colossal, da Maybellyne.
Agora, não existe carinha linda sem blush. Minha cor é de burro fugido, sou amarela pálida. Por isso, faço sempre boquinha de peixe e passo o blush nesse fundo que se forma. Isso dá ângulo para o rosto e afina também (lembrando que o vídeo ‘engorda’ uns 3 kg!!!). A cor que mais gosto é Sunbasque, da MAC. Nos lábios, ouso pouco e acabo sempre usando algum ‘cor de boca’ (Satin, MAC) ou rosa (Rosa queimado, AVON). A cereja do bolo é o gloss transparente só na parte debaixo dos lábios e um beijinho pra espalhar (senão fica parecendo que comi pastel frito!). E para retirar esse reboco todo, já testei mil marcas de removedores e a que mais funciona para mim é a da Lóreal. Não sobra um restinho de lápis de olho, evitando aquela cara de noitada quando acordamos. Aliás, jamais durmo com maquiagem. Faz um mal inacreditável para a pele.
Cuidado especial com os cabelos
Juba: Uma novela. Meus cabelos são anelados e minha mãe fazia tanto rabo puxado que eu parecia japonesa. E assim vivi até que comecei a aparecer na TV. A juba, com vida própria, chamava mais atenção que a notícia. Sim, hoje as TV´s estão mais democráticas, tem muita gente de cabelo anelado no vídeo, mas na emissora que estou hoje não existe cabeleireiro. Portanto, eu faço tudo sozinha. E se já acordo às 5h30 todos os dias, nem a pau que vou levantar mais cedo para domar os cachos. Por isso, faço progressiva sem formol (se é que isso existe) desde que surgiu, porque antes eram coisas horrorosas que tenho até vergonha de falar.
Atualmente intercalo shampoo e condicionador Johh Frieda com Morrocan. SEMPRE passo um bom creme depois do condicionador antes do enxague final. Com o cabelo úmido, não vivo sem óleos de silicone para as pontas (uso da AVON) e um creme para ajudar (Restaurador Capilar SH-RD Protein Cream, dica do meu cabeleireiro). Amasso as pontas para não dar aquela aparência de espichado e rezo pra ficar bonitinho para eu gostar dele. E se eu for ao clube ou praia, lasco um creme para pentear, destes baratinhos mesmo, para não piorar a situação.
Além disso, meu pai começou a ter cabelos brancos aos 18 anos. E eu comecei aos 19. Se eu não pintar de 20 em 20 dias, aparece uma faixa branca por toda a raiz. E não tenho coragem de deixá-lo branco. Então, uso uma mistura de cores um tom abaixo do meu preto e faço algumas luzes para ajudar no disfarce.
E o conselho que dou é desapegar do cabelo. Manter aquela ponta morta, detonada, rala só pra garantir cabelão não funciona por aqui. Dou podadas radicais quando o bicho tá pegando.
Malhação: Taí uma coisa que não abro mão. Mas como enjôo rápido, preciso estar sempre mudando os exercícios para não acomodar. Comecei com jazz, depois dança do ventre, dança afro, dança de rua, Body Combat, Body Pump… Quando o metabolismo começou a diminuir e vi que se não fizesse a chatice da musculação a pouca musculatura que tenho iria desaparecer, encarei os pesos. Esse é o mal necessário da humanidade: não existe nada que exercite tanto a musculatura quanto o trabalho focado em cada grupo muscular. Mas, como é um saco, desisti de novo e fui pra capoeira (a coisa mais maravilhosa que já fiz). Depois para o Pilates, Aerodance, joguei futebol com as mães do Padecendo (saí depois de romper os ligamentos do pé), voltei para musculação e agora estou com uma mistura da Extreme Fit (uma academia do grupo Alta Energia) três vezes por semana: meia hora de aeróbico na esteira ou bike (odeio bike porque me estupra), 15 minutos de boxe (amei dar socos em homens de borracha e sacos) e 15 de funcional (ótimo para definir, mas não dá massa nenhuma). Faço tudo isso à noite, depois que os meninos dormem. Portanto, se eu não tiver um professor gritando na cabeça, durmo no colchonete. Meu desejo é, no ano que vem, intercalar isso com musculação duas vezes por semana para não deixar os músculos morrerem.
Gostaria de dar alguma dica para as padês?
“Já que” e o “eu mereço”: Se eu puder dar uma dica para alguém (principalmente as 39 votantes da enquete que acham que sou ‘diva’, suas lindas!) é em relação à alimentação. Comer é bom demais. E passei a vida seguindo essas duas lógicas erradas, até que comecei a fazer reeducação alimentar. Tive uma manhã do cão e, depois do almoço, ‘me dava’ uma barrinha de chocolate ou ‘tomava uma gelada’ para relaxar antes de dormir. Quem nunca, gente? Mas estes ‘presentes’ me impediam de colocar algumas roupas que gostaria de usar. E mais sério: prejudicavam minha saúde ao terem se tornado hábitos.
Em 2007, a TV Alterosa, onde trabalhava na época, estava preocupada com os péssimos hábitos alimentares dos jornalistas e realizou uma parceria com uma nutricionista para nos orientar. Desde então, venho aprendendo sobre como os alimentos funcionam e o que fazem ou não pela gente. Hoje vejo que mudei drasticamente minha alimentação. Acho que esse é meu grande segredo. Visito minha nutricionista duas vezes ao ano para conhecer novos estudos, alimentos, suplementos e assim consigo manter meu peso (varia entre 50 e 52kg, mesmo depois de ter engordado 18 Kg na segunda gestação).
Na prática, cortei todas as coisas gostosas da minha casa. O que os olhos não veem o coração não sente. Não há sorvete, chocolate, biscoito recheado, refrigerante, fritura. Só entram alimentos integrais (arroz, farinha, macarrão, pães…), com pouca gordura e, de preferência, frescos. (Mas um saquinho de pão de queijo e uma pizza congelada permanecem a pedido do marido). Carnes? Se for vermelha, uso músculo, chã de dentro e patinho. No mais, frango e peixe.
Como de 3h em 3 horas, ando com uma garrafa de água para todos os lados, encho minha bolsa de frutas secas e barras de proteína para não ter desculpa de comer uma coxinha de catupiry na Boca do Forno (meu desejo constante). E para evitar os doces (minha maior perdição), abuso de damasco, passas ou balas de gelatina. Se a vontade for surreal, uma colherada de pasta de amendoim. Depois do almoço, quando esse desejo é mais forte, tomo um chazinho morno ou masco um Trident. Óbvio que não é um chocolate, mas ajuda a diminuir a vontade. Aliás, quando como chocolate, tenho optado por aqueles mais escuros, com 80,90% de cacau na composição.
É óbvio que não é de um dia para o outro que larguei o pão de sal e fui para a batata doce. Não acredito em radicalismos, porque simplesmente enjoamos e não seguimos a dieta. É um processo lento, no qual aprendo a fazer escolhas de acordo com a funcionalidade de cada alimento e a disponibilidade que tenho em casa. Tento ser fiel a esse esquema durante a semana para no fim de semana, me permitir. Ir à uma festa de aniversário e comer delicías. ( Na festa do padecendo entrei na coxinha de catupiry!). Beber cerveja em um churrasco sem fazer conta de que cada uma equivale a um pão de sal.
Mas o principal é chegar em casa e não pensar no “já que”: Já que eu comi picanha, tomei cerveja… uma taça de sorvete, uma barra de chocolate não vai fazer mal. O que é um peido para quem tá cagado, pensava. Aí a conta é alta e não existe milagre. Se abusei mais cedo e a fome persiste, tomo um iogurte desnatado com fruta ou um shake de proteína batido com fruta. E, no dia seguinte, água morna com limão para dar uma desintoxicada no organismo (não tenho tempo de fazer suco verde, detox).
Ou seja, não existe receita mágica. É controlar a boca, aprendendo a fazer escolhas saudáveis, e fazer exercício.
P.S.: Dicas nada divas- Touca de meia fina (você precisa ter uma em casa! Deixa os fios calmos e sedosos. Mas não deixe o marido ver. O meu já está acostumado, acha que fui tirada da Febem.) e pó descolorante (me tranco no banheiro à noite, faço uma alquimia com água oxigenada e pó sem amônia e, depois de uma coceira danada, tá tudo loirinho!).