Muitas mães gostam de tratar seus filhos com homeopatia, fizemos uma enquete no grupo Padecendo no Paraíso (grupo fechado e secreto onde participam 6 mil mães) Muitas mães gostam de tratar seus filhos com homeopatia, fizemos uma enquete no grupo Padecendo no Paraíso e esses foram homeopatas de BH mais votados pelas padês.
Arquiteta mineira morando em São Paulo desde 2017. Fundadora da Padecendo no Paraíso, organizadora do livro “Manual da Boa Mãe”, dona de casa, agitadora social, feminista,paciente oncológica (câncer de mama). Antiga aluna do Colégio Loyola.
Casada e mãe de um menino, sempre gostou de se envolver com as questões do universo feminino. Tem grande preocupação com o coletivo e acredita que é necessário unir forças para melhorar o mundo.
Meu filho tinha cinco meses, eu não estava trabalhando, cuidava da minha casa e cursava o ultimo período da faculdade. Nesse tempo tudo ficou muito mudado na minha vidinha perfeita de comercial de margarina, eu estava sempre cansada e as pessoas me perguntavam de que? De eu ficar em casa todo dia? Mas eu nunca tinha tempo pra nada.
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OUTRA VEZ O AMOR… – Por Padecente Anônima
Durante esse tempo eu observei varias coisas no comportamento do homem mais lindo do mundo, mais amoroso e dedicado, o homem que escolhi para passar a vida inteira também estava cansado irritado, e estava chegando tarde em casa, estava perdendo a paciência com tudo, e estava distante.
Eu li muitas coisas e decidi que era normal, que todo casal passa por isso e decidi ignorar porque ficar caçando cabelo em ovo não é minha praia. E vamos embora viver.
Até que um dia alguém ligou no meu celular e me disse que meu marido estava apaixonado por ela e não tinha coragem de falar comigo por causa do bebê, que ele ia falar a qualquer momento mas ela (gentil não?) já queria que eu estivesse preparada.
Sabe o que eu fiz? Nada, passei a noite pensando o que eu de verdade queria fazer e fiz uma lista de perguntas com respostas:
Amo meu marido? Sim. Muito.
Acho que ele me ama? Sim, muito.
Quero chutar o pau da barraca e botar a boca no mundo? Não (odeio drama, escândalo).
Quero jogar fora tudo que fizemos até hoje? Não.
Quero viver enganada? Não.
Mereço sinceridade e lealdade? Sim, muito mais do que fidelidade.
Veja que meu filho não está no pacote, ele é meu e eu seria capaz de sair adiante por ele sempre em qualquer situação, com ou sem marido. A coisa era entre o casal, era sobre nossos sentimentos. Não sobre dinheiro, não sobre filho, não sobre traição, apenas sobre amor.
Para mim amor também é liberdade e se um dos dois não ama a vida segue, sempre com respeito sem impor a ninguém nenhum tipo de sofrimento.
Esperei dois dias muito quieta muito calma, sendo a mulher mais amorosa do mundo, queria muito que ele me dissesse espontaneamente o que gostaria de fazer. Como não aconteceu nada eu ainda tive tempo de pensar em mais um detalhe: ele não quer falar, ele não quer ir. Para ele está confortável assim, ou ele tem medo…vai saber.
Eu não revistei celular, não li e-mails (mesmo ele esquecendo aberto no laptop), não bisbilhotei fatura de cartão de crédito nem extrato de banco e fiquei esperando.
Uma tarde de sábado ele me pediu para ver a mensagem que chegou no celular dele e era uma mensagem assim: “faltam dois dias para estarmos juntos” (o tempo que faltava para ele fazer uma viagem de trabalho para SP e ficar uma semana).
Eu li a mensagem pra ele e sai do quarto. Quando ele veio atrás de mim me encontrou calma e serena na sala, meu filho estava dormindo e eu disse que a moça tinha me ligado antes e pedi: “vamos conversar como adultos, pode ser?” Então fiz a ele todas as perguntas da minha lista e ele foi respondendo exatamente como eu esperava.
Expliquei então que a lealdade pra mim é a verdadeira essência do amor e que eu esperava uma atitude honesta. Não quero respostas idiotas do tipo: estou confuso, preciso pensar. Quero saber o que você está a fim de fazer.
Se está a fim de viver uma “aventura” radical, a porta da rua é serventia da casa. Mas vá sabendo tudo que fica pra trás. Se está a fim de consertar as coisas tem que ser de coração.
Para que tenha tempo eu vou sair pra dar uma volta, mamadeira na geladeira. Esquente, dê banho e cuide do bebê até minha volta. Ok?
Fui. Caminhei 17 quarteirões, 17! Pode isso? Finalmente sentei na Praça da Liberdade e mandei uma mensagem para minha sócia, do celular do marido (que tinha levado comigo) pedindo para encontrar na praça.
Quando ela chegou disse que eu tinha mandado a mensagem, que a gente precisava conversar um pouco, e disse que ele estava em casa pensando, que isso seria libertador para nos duas e que todo mundo sairia ganhando com a verdade que tudo estaria bem.
Disse que eu iria fazer questão de ter ele sempre presente na vida no meu filho e que estava torcendo muito para que ele me escolhesse, para que ele ficasse comigo e pudéssemos ter a vida que sempre sonhamos. Disse para ela que essas coisas acontecem e que ninguém tem culpa de nada, que ela era uma moça muito bonita e merecia ser bem feliz também.
Ela falou pouco e no pouco que falou eu fui observando como seria a vida do meu amor ao lado de uma criatura vulgar, mal educada, que não sabia se vestir nem sentar, nem falar e quando ela disse que sempre me invejou, que ela queria ter a vida que nos tínhamos e que se separou do marido para investir no meu; eu decidi que não ia mesmo abrir mão de nada, a não ser que meu marido dissesse que não me amava mais.
Quando voltei pra casa disse pra ele onde tinha ido e o que tinha feito. Ele me olhava incrédulo (era bem tarde, meu filho estava dormindo de novo) e eu disse que ia dormir, mas que tinha escrito um bilhete pra ele. O bilhete era este:
Meu amor,
Não estou julgando você, por incrível que pareça, não estou julgando mesmo, estou tentando entender, tentando organizar meus pensamentos de uma forma que as minhas atitudes sejam condizentes com as coisas que falo: que o amor é mais forte do que tudo, que a lealdade é mais importante que a fidelidade, e que o nosso casamento é uma coisa muito sólida.
Estas coisas eu digo sempre quando a conversa é sobre traição, e pense bem… Traição é uma palavra duríssima. Não gosto dessa palavra.
Considero traição o ato de esquecer as pessoas que te amam, e pelo visto você não me esqueceu, então menos mal. Considero que você não traiu a mim, mais a você mesmo e as coisas que você com tanto amor me ensinou na vida, a mim você decepcionou, e muito.
Mais isso também não é de todo sua culpa, porque Você é um homem apenas o homem que eu amo, com todas as suas virtudes e defeitos.
Além do mais traição precisa envolver sentimentos e você me disse que seus sentimentos estão comigo.
O amor é exatamente isso, sermos capazes de entender as fraquezas da mesma forma que admiramos as virtudes.
No dia seguinte eu acordei e ele não estava em casa. Foi a manhã mais triste de toda minha vida, eu imaginei mil coisas (e nenhuma boa) e o tempo não passava.
Quando ele voltou me disse: Sabe uma coisa? Eu te amo hoje mais do que nunca te amei na vida, porque te amo e te admiro, porque nunca vou encontrar ninguém como você e se eu tiver a oportunidade de apagar do seu coração essa magoa, vou fazer de você a mulher mais feliz deste mundo.
Me apaixonei por você no dia em que te vi pela primeira vez e agora me apaixonei de novo. Existe amor a segunda vista?
Eu não me lembro de ter sido tão feliz e tão grata.
A gente se abraçou e ficou sentado no chão por três horas, se beijando, lembrando e chorando, e pensando como seria se refazer disso tudo, como estabelecer regras pra superar isso e a única decisão clara e unânime era que iríamos ficar velhinhos juntos na casa de praia (ainda vamos resolver esse detalhe) com os nossos netos….
Eu passei por tudo isso sozinha sem contar a ninguém porque queria ser dona da minha escolha, não queria que ninguém participasse disso, não queria expor pra minha família nem pra dele esse momento.
Quero contar pra vocês porque é fácil a gente se inclinar para o lado do orgulho, rancor e raiva… Se inclinar para o perdão é se expor ao julgamento.
Mas não me arrependo nem um segundo de ter escolhido perdoar, e não digo que tenha sido fácil (não mesmo: medo tristeza, insegurança, ressentimento… a lista é longa) nem digo que deve se fazer o mesmo na mesma situação, quero dizer apenas que sempre existem uma forma de seguir em frente e que se pode fazer valer a pena.
Sete anos depois? Somos o casal do comercial de margarina de novo, estamos alegres, estamos unidos e sobre tudo estamos cientes de que a vida precisa de novas oportunidades para dar certo.
Nunca disse a ele, mas eu sei que deixei tudo de lado, e que eu também poderia ter feito diferente mas como não podia mudar o passado mudei o nosso futuro.
Não considero que ele me deve gratidão eterna, só espero que nosso amor perdure e que a vida siga leve.
Essas e outras histórias estão no CD musical “Eu, Cidadão”, criado por Luana Ferreira para apresentar às crianças, questões ligadas à Sustentabilidade.
Um mundo sem pressa…
Uma pessoa de várias cores…
Um lixo que vira tesouro…
CD Eu, cidadão – Luana Ferreira
De canção em canção os pequenos se divertem e aprendem mais sobre temas tão importantes.
Uma ótima opção para os momentos em família, na escola, com os amigos…
Para fazer pedidos, para mais informações, ou para mandar recadinhos, nosso e-mail é:
Arquiteta mineira morando em São Paulo desde 2017. Fundadora da Padecendo no Paraíso, organizadora do livro “Manual da Boa Mãe”, dona de casa, agitadora social, feminista,paciente oncológica (câncer de mama). Antiga aluna do Colégio Loyola.
Casada e mãe de um menino, sempre gostou de se envolver com as questões do universo feminino. Tem grande preocupação com o coletivo e acredita que é necessário unir forças para melhorar o mundo.
As férias escolares estão aí e muita gente aproveita para ir curtir os parques de Orlando e cidades próximas.
O passeio pode ser uma alegria, ou um estresse enorme se você não se planejar. As crianças não aproveitam tanto se forem a muitos parques em um intervalo curto de tempo. Vale pensar bem e escolher alguns!
Em enquete realizada dentro do grupo “Padecendo no Paraíso” os 10 parques de Orlando favoritos das padês você vê aqui:
Em primeiro lugar o Magic Kingdom, pode não ser o melhor, mas é impossível ir a Orlando e deixar de visita-lo! Ele é mágico!
Arquiteta mineira morando em São Paulo desde 2017. Fundadora da Padecendo no Paraíso, organizadora do livro “Manual da Boa Mãe”, dona de casa, agitadora social, feminista,paciente oncológica (câncer de mama). Antiga aluna do Colégio Loyola.
Casada e mãe de um menino, sempre gostou de se envolver com as questões do universo feminino. Tem grande preocupação com o coletivo e acredita que é necessário unir forças para melhorar o mundo.
A diva de julho é a nossa fotografa. Mãe do Davi de 17 anos, casada com Leandro. É arquiteta de formação.
Bruna Tassis Divando no Paraíso
Arquivo Pessoal Bruna Tassis
Você tem algum ritual diário de cuidados com a sua aparência?
Confesso ser um pouco relaxada, ou melhor, preguiçosa em relação a rituais diários. Mas já melhorei muito, acho que por causa da necessIDADE, rs. Basicamente acordo e quando vou dormir lavo o rosto com água fria, o ideal seria gelada. Quando trabalho no home office passo hidratante Lucas Papaw Ointment na pele e nos lábios durante o dia.
E a noite passo o produto da vez indicado pelo(a) dermatologista. Usava o Biomedic, mas saiu de linha e estou usando o Redermic, ambos da La Roche-Posey. Nova consulta marcada com dermatologista para agosto, devo precisar aderir novos costumes/tratamentos que forem indicados.
Também tomo colágeno em pó da Sanavita diariamente há quase 10 anos (faltou na foto).
Arquivo Pessoal Bruna Tassis
Quais procedimentos estéticos você acha bacana?
Já fiz peeling há uns anos, gostei bastante do resultado. Quero voltar a fazer. Botox e cirurgias plásticas não sou adepta, pelo menos por enquanto (coloquei o “por enquanto” aqui porque né? Vai que resolva fazer)
Algum cuidado especial com os cabelos?
Tenho mais produtos para os cabelos do que para pele. Estou usando shampoos comuns de farmácia mesmo. Já condicionador estou com dois Full Repair de John Frieda e Ox Vitamins Cor sublime. Não costumo fazer hidratação. Nas poucas vezes que faço uso óleo de coco para hidratar mesmo. Passo nas pontas e deixo durante a noite e lavo pela manhã.
Leave in tenho vários. Acho que os óleos modelam bem o meu cabelo, tenho o óleo da Elseve, o Brazilian keratin therapy e o Schwarzkopf Bonacure Color Freeze, o Aussie Dual Personality Anti Frizz que é mais um creme.
Pinto o cabelo há 19 anos. Nunca fiz qualquer outro tipo de química. Uso Majirel da L’oreal. Sempre pinto em salão. E agora vou soltar minhas dicas preciosas.
Vou com cabelo limpo para o salão. Lavo apenas com shampoo logo antes de ir ao salão. Ou então peço que lavem o cabelo apenas com shampoo antes de pintar. Pinto o cabelo com ele limpo.
Além do cabelo estar limpo, pinto com ele úmido, para espalhar melhor a tintura e diminuir a possibilidade de manchar.
Esta não é uma dica, mas eu pinto a sobrancelha também. Já usei sem pintar e não gosto nem de ver foto. Existem tintas específicas para isso. Já tive delas e também não deu certo. Uso a tinta do cabelo mesmo. Mesmo tom.
Quanto ao tom da tinta. Eu uso uma fórmula. Dois tons de tinta, cada um numa proporção. Cada pessoa com seu tom de pele, com seu tom de cabelo e seu estilo. Um bom profissional deve avaliar o tom indicado para cada uma. Procuro pintar sempre de 25 em 25 dias.
Ainda sobre cabelo: babyliss. Mudou minha vida.
Sobre bad hair day?
História da minha vida. Cabelos temperamentais por aqui, cheios de personalidade. Aí rola um coque alto, rabo de cavalo, trança, lenço, chapéu, touca… Porque tem dias que nem o babyliss resolve!
E com mãos e pés?
Não tenho muitos cuidados com mãos e pés. Apenas cuidados pontuais. Tenho o creme para mãos Ekos, de castanha do pará, da Natura, que gosto da textura. Mas uso pouco.
Makes.
Não uso muito nem sou muito boa em maquiagem. O mais normal é, no dia a dia, usar apenas pó compacto, uso da Shiseido, blush, uso da MAC, curvex e máscara para cílios, uso Maybelline. Saio de cara lavada as vezes também.
Tenho BB cream da Shiseido que gosto muito, mas meu preferido é o CC cream da Clinique. Uma diquinha aqui é ter 2 tons de bb cream ou de pó ou de base (o que cada uma usar). Um tom pra sua pele normal e um tom mais escuro para quando toma um solzinho. Na fotografia o erro do tom do pó é bastante visível. E basta um dia no sol para que seja possível reparar. Acertar o tom da base é a dica primária para uma make bem sucedida.
No meu caso uso também um rímel de sobrancelhas castanho bem clarinho, principalmente perto dos dias de pintar, quando a sobrancelha já tá escura,faz muita diferença. Uso da Etude House.
Não costumo me arriscar com sombras e lápis. Quando preciso mesmo de uma boa make corro pro salão.
Gostaria de dar alguma dica para as padês?
Tenho preocupação em preparar minha cabeça para aguentar os “baques” do tempo na minha aparência. Já que são inevitáveis meu lema é aceitar da melhor maneira possível. Claro que tento minimizar estes efeitos. Mas trabalho muito a aceitação deste amadurecimento da pele.
Não podemos esquecer que cuidar dos dentes é essencial para a aparência. Um belo sorriso, com belos dentes, mesmo com algumas ruguinhas, sempre ilumina qualquer visual.
Além de beber bastante água diariamente, um “produto de beleza” que não vivo sem é ‘UMA BOA NOITE DE SONO’!
Arquiteta mineira morando em São Paulo desde 2017. Fundadora da Padecendo no Paraíso, organizadora do livro “Manual da Boa Mãe”, dona de casa, agitadora social, feminista,paciente oncológica (câncer de mama). Antiga aluna do Colégio Loyola.
Casada e mãe de um menino, sempre gostou de se envolver com as questões do universo feminino. Tem grande preocupação com o coletivo e acredita que é necessário unir forças para melhorar o mundo.
Meu filho tinha um ano e dez meses, frequentava uma escola e era o mais novo da turma. Seria iniciado o desfralde de todas as crianças da sala e, embora ele fosse bem mais novo que a maioria, a orientação que recebi foi que ele conseguiria acompanhar a turma e seria melhor fazer junto com o dos colegas a fazer o desfralde dele sozinho depois. O que não me avisaram é que o “Terrible Two” estava para chegar e, desfralde nos terríveis dois anos seria uma bomba!
Preparação psicológica ajuda, mas a prática é outra coisa
Anos depois, olho para trás e vejo que não teria sido tão terrível se eu tivesse compreendido melhor a fase. Não tem nada de terrível, você engravida, enjoa, fica imensa, e um dia seu filho nasce, são várias fases e a gente vai passando por aquilo tudo imaginando um bebê fofinho e sorridente. Não, ninguém vai me dizer que conseguir ficar pensando no que podia dar errado, ninguém ficava imaginando que o bebê ia ficar horas chorando e se contorcendo com cólicas, ou que ia ter otite de repetição, ou refluxo. E mesmo que a gente ficasse lendo sobre isso, nada nos prepararia pra manter a calma depois de horas ouvindo uma pessoinha berrar fazendo tentativas vãs de cessar o choro! Isso até podia passar pela cabeça da gente durante a gravidez, mas de uma forma muito vaga.
Meu filho era um bebê calmo, risonho, só chorava se sentisse fome. Depois chorou um pouco com dor de ouvido, mas coisa rápida que foi resolvida com medicação. Passei quase dois anos com um bebê fofo em casa e ninguém me avisou que, um dia ele ia se tocar que ele não era um pedaço da mamãe, que ele era um outro ser e que ia fazer de tudo pra provar pra ele e todo mundo que ele era ele e eu era eu. Então ele passou a se comportar de modo opositivo a todas as minhas solicitações, passou a berrar e espernear pra tomar banho, pra comer, pra dormir… Não! Não! Não! A gente pode pedir o que quiser, a resposta será sempre NÃO! Mas era tão simples, era só eu pedir pra ele não fazer o que na verdade eu queria que ele fizesse, ai, pra me contrariar ele o faria. Seja como for, a gente acaba aprendendo a lidar com isso e essa adolescência passa. Na verdade não passa é nunca, mas a gente aprende a ter jogo de cintura, não é o filho que muda, somos nós, as nossas atitudes. Mas tem que tomar muita porrada até aprender a ter esse bendito desse jogo de cintura.
Desfralde nos terríveis dois anos
Seja lá como for, ninguém me avisou que era melhor fazer uma coisa de cada vez, então eu tive que encarar desfralde nos terríveis dois anos, aquele Terrible Two bem grave. Foi tudo ao mesmo tempo. As orientações da escola foram:
leve a criança a cada 10 minutos ao banheiro
não coloque fralda em momento algum para que ela não se confunda, agora eu não preciso ir ao banheiro porque estou de fralda, agora eu tenho que ir ao banheiro porque não estou de fralda.
só coloque a fralda na hora de dormir.
Eu morava ao lado da escola, então não corria risco de xixi no carro no percurso, mas nos finais de semana tinha que colocar um tapetinho higiênico pra cães forrando a cadeirinha do carro. Ainda assim ela teve que ser lavada algumas vezes.
Mandava vários shorts e cuecas pra escola, mas lá as coisas corriam bem, poucas vezes o xixi escapulia fora de hora. Mas quando chegava em casa, aff. Leva pra fazer xixi, ele faz bonitinho no vaso, mas garante uma reserva para, cinco minutos depois, molhar a roupa e o chão. E a gente não pode brigar. E foi assim por um bom tempo.
Problemas de tirar a fralda quando a criança ainda não tem maturidade
Antes meu problema tivesse sido só o xixi. O maior problema de tirar a fralda cedo demais é o intestino. Meu filho e muitos outros passaram a prender o intestino, alguns só conseguem fazer cocô se estiverem de fralda, outros chegam a precisar de remédios. A pediatra do meu sugeriu dar uma colher de leite de magnésia duas vezes por semana, e isso ajudava sim, ficava mais difícil segurar. Mas muitas vezes a solução que a gente encontrou foi coloca-lo no trono e ler uma história enquanto esperava.
Se fosse pra fazer tudo outra vez eu teria esperado mais uns seis meses para iniciar o desfralde, ele teria mais maturidade e eu saberia lidar melhor com o “terrible two” e não seria tudo ao mesmo tempo agora. Também sinto que o desfralde noturno tem mais sucesso quando é feito praticamente junto com o desfralde diurno. A criança consegue entender tudo com um processo único e não como duas coisas distintas. Até ele completar seis anos eu penei com o xixi na cama. As vezes ele passava temporadas acordando seco, mas sabe-se lá por que, de repente chegava a fazer três xixis na cama na mesma noite. Sim, xixi na cama pode estar associado a algum trauma e, por causa dessas recaídas estou vetando alguns filmes que ele pedia pra ver, tipo “Star Wars 1, 2 e 3”, ou de “De Volta para o Futuro” ou esses de super heróis, porque todos eles tem algumas cenas violentas que não são adequadas para a idade.
Consequências da inexperiência
Há muitas coisas que as pessoas nos dizem e, por inexperiência a gente acaba acatando. Cada uma conhece seu filho, cada uma pode ouvir um palpite e deixar seu coração definir se vai dar certo ou não pro seu filho. Porque coração de mãe sabe o que é melhor pro seu filho e a gente precisa entender que não tem nada mais certo que intuição de mãe.
Quando chegar a hora de desfraldar seu filho você vai saber, mas olha, não é pra esperar a adolescência não, entre 2 e 3 anos.
A dica é observar se ele já fica incomodado com a fralda, se já sabe dizer se está querendo fazer xixi ou cocô, se já pede.
O tal do troninho, vamos combinar, uma besteira, não é? Porque sair andando transportando xixi e cocô pela casa se você pode usar um redutor básico no vaso sanitário e tudo já cair no seu devido lugar?
O tal do troninho musical então, hein? Surreal, nem vou comentar. Compra o mais baratinho que dá certo. Lembro-me de comprar 3 modelos diferentes pra testar, um acolchoado, um sei lá como e outro básico e baratinho que foi o escolhido pelo meu filho. Para os meninos é legal comprar um banquinho pra eles subirem e fazerem o xixi em pé (ai que inveja).
E lembre-se, tenha muita paciência, as crianças nunca vão querer parar de brincar pra ir ao banheiro, a gente precisa lembra-las sempre, ou escapole mesmo!
Faça um estoque de calcinhas ou cuecas e panos de chão e boa sorte!
Arquiteta mineira morando em São Paulo desde 2017. Fundadora da Padecendo no Paraíso, organizadora do livro “Manual da Boa Mãe”, dona de casa, agitadora social, feminista,paciente oncológica (câncer de mama). Antiga aluna do Colégio Loyola.
Casada e mãe de um menino, sempre gostou de se envolver com as questões do universo feminino. Tem grande preocupação com o coletivo e acredita que é necessário unir forças para melhorar o mundo.
A coqueluche é uma doença extremamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis e ainda bastante prevalente em todo o mundo. Por ano, ocorrem aproximadamente 60 milhões de casos e 500 mil mortes por coqueluche, sendo 60 – 65% destes casos relatados em adolescentes e adultos.
Coqueluche
A doença natural ou a imunização por meio da vacina não conferem proteção completa e permanente contra uma reinfecção ou doença.
Na verdade, nenhuma vacina tem a capacidade de proteção completa, mas reduz significativamente as chances de desenvolvimento de uma determinada doença e, muitas vezes, as chances de evolução para quadros clínicos complicados.
A proteção contra a coqueluche começa a diminuir 3 a 5 anos após a vacinação, sendo indetectável após 12 anos. Desta forma, adolescentes, adultos jovens e idosos possuem imunidade inadequada contra Bordetella pertussis e são os principais transmissores da doença para as crianças susceptíveis.
As crianças menores de 6 meses, que não receberam as 3 primeiras doses da vacina devido à baixa idade, são as que têm maior potencial de apresentarem quadros graves e fatais.
Doença prolongada
Classicamente, a coqueluche é uma doença prolongada e subdivive-se em 3 fases:
catarral (1-2 semanas)
paroxística (2-6 semanas)
covalescente (2 semanas ou mais).
No início, predominam sintomas inespecíficos, tais como:
obstrução e secreção nasais
espirros
febre baixa
lacrimejamento, semelhante a um resfriado.
Ao longo dos dias, a tosse passa a ser a marca registrada da doença. Aos mínimos estímulos, a criança doente apresenta crises súbitas e prolongadas de tosse, que podem ser acompanhadas de:
rubor facial (rosto avermelhado)
cianose (lábios azulados devido à dificuldade de oxigenação)
guincho inspiratório ao final.
Tosse
De uma maneira simples de descrever, a criança tosse-tosse-tosse-tosse-tosse (sem respirar adequadamente e com aparência angustiada) e puxa o ar rapidamente ao final (o que resulta no guincho). À medida que a fase paroxística passa, iniciando-se a fase de covalescença, o número, a intensidade e a duração das crises de tosse diminuem.
Deve-se suspeitar de coqueluche em crianças pequenas que:
cianose ou episódios de tosse com características coqueluchóides.
Quanto menor a criança, em especial nas menores de 3 meses de idade, maiores serão as chances de hospitalização (82%), pneumonia (25%), convulsões (4%), encefalopatia e óbito.
Dentre outras complicações, incluem-se:
apneia
insuficiência respiratória com necessidade de ventilação pulmonar mecânica
infecções bacterianas secundárias (otite média e pneumonia)
hipertensão pulmonar
hemorragia pulmonar
hemorragia cerebral
sequelas pulmonares e cerebrais permanentes.
Vacinação
Antes da vacinação em massa da população, a coqueluche era a principal causa de óbito relacionada a doenças transmissíveis entre as crianças menores de 14 anos. Depois do uso generalizado da vacinação específica, houve um declínio de mais de 99% dos casos. Países com baixa cobertura vacinal ainda possuem alta incidência da doença e número elevado de óbitos.
Atualmente, recomendam-se 3 doses da vacina tríplice (DTPa) no primeiro ano de vida, em geral com 2, 4 e 6 meses de idade, uma 4ª dose (1º reforço) entre 15 e 18 meses de idade e uma 5º dose (2º reforço) entre 4 e 6 anos. Adolescentes entre 11 e 18 anos devem receber uma dose da vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (Tdpa), conferindo proteção contra tétano, difteria e coqueluche. Profissionais da área da saúde que tenham contato com crianças e contactantes familiares que cuidem de recém-nascidos também merecem atenção especial.
É pediatra geral e especialista em Medicina Intensiva Pediátrica. Graduou-se pela UFPE, fez residência em Pediatria e especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pela USP. É mãe da Ana Luísa.
Seu filho range os dentes? Como mães e odontopediatras, resolvemos abordar esse assunto pelo fato de sempre gerar muitas dúvidas e preocupações aos pais, e, estar cada vez mais frequente nas crianças.
Alguns pais se queixam em nosso consultório de que os filhos estão rangendo tanto os dentes, que o barulho produzido à noite chega até mesmo a acordá-los!
Este hábito bucal indesejável chamado BRUXISMO consiste em ranger ou apertar os dentes. Pode acontecer durante o dia ou à noite nas crianças. O fator psicológico é apontado como o mais importante.
De acordo com a literatura atual, cerca de 6% a 20% das crianças desenvolvem, em algum momento, episódios de bruxismo. Crianças a partir dos cinco ou seis anos costumam apresentar o bruxismo. Porém, esse hábito pode ser considerado normal e transitório, porque há uma mudança na forma de mastigar da criança e isso faz com que ela tente achar uma posição mais confortável, levando-a a ranger ou apertar os dentes.
“Ok, mas o que causa o bruxismo?”, “Porque meu filho range os dentes?”, os pais nos perguntam.
Seu filho range os dentes?
As causas podem ser classificadas como de origem local (anormalidades e interferências oclusais), sistêmica (asma, alergias respiratórias) e psicológica, sendo estas últimas as principais. Na maioria das vezes está relacionado com alguma alteração de rotina da criança. Em épocas de provas, competições escolares, períodos de dificuldade de aprendizagem, troca de escola, aumento das atividades extra escolares, problemas familiares (separação dos pais, por exemplo), situação associada a cobranças seja dos pais, da escola ou mesmo a autocobrança.
Em pacientes que desenvolveram o bruxismo, podemos observar sinais como desgaste dental (conforme foto), sensibilidade dentária ao se alimentar, dores musculares (cansaço ao acordar) e dor de cabeça ou até mesmo de ouvido.
Ainda não há cura para o bruxismo, mas sim o controle dos fatores locais, sistêmicos e principalmente dos psicológicos.
Aí vão algumas dicas importantes para a prevenção do bruxismo infantil
Estimular alimentos fibrosos e em pedaços desde pequenos, para que possam desenvolver uma mastigação vigorosa e eficiente;
Organizar o momento do sono: evite deixar luzes acesas, assistir televisão em volume alto ou usar o computador ou videogame antes de ir para a cama;
Deve-se incentivar a criança às práticas esportivas ( a natação tem dado ótimos resultados)
Devemos ficar atentos às alterações respiratórias das crianças.
E, principalmente, evite sobrecargas de atividades e estimule as menos competitivas.
Cada caso deve ser avaliado individualmente. É fundamental que o diagnóstico seja precoce, permitindo que pediatras, odontopediatras e psicólogos estabeleçam um tratamento multidisciplinar e favoreçam o desenvolvimento integral da criança para a promoção da saúde e bem-estar individual.
Em caso de dúvida, procure sempre um odontopediatra. Ele é o profissional mais indicado para avaliar e orientar o que fazer em cada caso.
E o mais importante: deixemos nossas crianças saborearem todas as delícias da infância, sem cobranças exageradas e desnecessárias. Elas precisam de um tempo para brincar!
Especialista em Odontopediatria pela Faculdade de Bauru/SP. Mãe de dois meninos, dentista na Dente Feliz e na Polícia Militar de Minas Gerais.
http://dentefelizltda.com/
No ano passado, comemoramos a chegada da vacina contra meningite ACWY, que inclui a bacteriana tipo C, que já constava no programa nacional de imunizações desde 2007. Há um mês, recebemos mais uma boa notícia: o Brasil passou a oferecer a vacina tipo B, que recebe o nome comercial de Bexsero Meningo B.
A disponibilização desses medicamentos representa um grande avanço e uma importante conquista na área de saúde. Para pais e filhos, significa a prevenção segura e eficaz contra uma doença grave, causada por bactérias que circulam no país e que, entre outras complicações e sequelas, apresenta risco de morte.
O que é meningite?
A meningite é uma inflamação das meninges, que são membranas que envolvem o cérebro. Elas se dividem em três tipos:
Viral: menos grave e mais frequente.
Fúngica: mais rara e sem vacina.
Bacteriana: se subdividem em tipos A, B, C, D, W e Y. São as mais graves.
Vacina contra meningite
Por que essas vacinas são importantes?
No Brasil, a meningite causada pelas bactérias meningococos dos tipos B e C são responsáveis por cerca de 40% dos casos da doença, que apresentam alto índice de mortalidade. Somente a tipo B representa 30% dos casos de meningite bacteriana no país. Por isso, a chegada dessas vacinas é tão importante, principalmente a que previne o tipo B, até então disponível somente nos Estados Unidos, Canadá e nos países da Europa.
A partir de que idade a ACWY é recomendada?
A vacina ACWY é recomendada a partir de um ano de vida, em dose única. Ela previne contra os quatro tipos graves de meningite bacteriana, sendo o C o mais importante no caso do Brasil. Porém, em outros países latinos e de outros continentes que recebem grande volume de turistas, os tipos A, W e Y são muito comuns.
E a vacina conta a tipo B?
A Bexsero Meningo é indicada a partir de dois meses de idade até 50 anos. Essa vacina é fundamental na primeira infância porque, até os dois anos de vida, a criança está mais vulnerável a essa meningite e os casos nessa faixa etária apresentam alta taxa de mortalidade. A imunização também é importante para crianças e adolescentes em idade escolar, pois o risco de contaminação pela bactéria ocorre em ambiente com grande aglomeração de pessoas.
No caso dos bebês, a dosagem da vacina tipo B é maior:
De 0 a 1 ano: 4 doses.
De 1 a 50 anos: 2 doses.
Onde encontrar e aplicar as vacinas?
As vacinas são comercializadas em clínicas de vacinação.
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Quais os principais sintomas da meningite?
Os primeiros sinais da doença, quando manifestados, podem ser confundidos com os de uma gripe. Eles podem surgir algumas horas ou em até dois dias após a infecção. São eles:
febre alta repentina
forte dor de cabeça
pescoço rígido
vômitos
náusea
confusão mental e dificuldade de concentração
convulsões
sonolência
fotossensibilidade
falta de apetite
rachaduras e presença de manchas vermelhas pela pele
Bebês com meningite também podem apresentar rigidez corporal, moleira tensa ou elevada e inquietação. Às vezes, apenas irritabilidade em crianças ou choro fácil, diferente do normal, pode ser um indício.
É patologista clínica em Belo Horizonte, formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e mestre em Imunologia pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Trabalha com medicina preventiva há 15 anos. Mãe de duas filhas, aos 51 anos se prepara para estrear no papel de avó.