Nesta semana em que comemora-se o Dia dos Avós, gostaria de fazer uma reflexão sobre essas figuras tão importantes e presentes nas nossas vidas, principalmente depois que temos filhos.
Avós, pitacos e suporte
Vejo muitos casais estressados com o tanto de pitacos que os avós costumam dar na educação e na criação de seus filhos. Isso, de fato, não é uma coisa muito boa, não é mesmo? Entretanto, quero virar o foco desta conversa para o suporte que os avós podem oferecer a mim, a você, a nós, pais. Isso não tem preço.
Morar na mesma cidade que seus pais ou seus sogros vai fazer muita diferença na qualidade de vida que você vai ter depois de ter filhos. Falo muito nas minhas palestras sobre a importância de “trazer a sua mulher de volta”, depois que o filho nasce. Recuperar velhos hábitos do casal e etc.
Comento sempre também da importância de se ter alguém de confiança para deixar o bebê enquanto você curte um momento de paz e sossego com sua companheira. Se essa pessoa for um dos seus pais ou dos pais da sua esposa, facilita tudo. E o conselho que eu quero dar é:
Não se apegue à picuinha, não se apegue ao doce que a sua mãe deu para o seu filho minutos antes do almoço e atrapalhou toda a sua rotina com a criança. Sabe aquela expressão que diz que “avós estragam os netos”? Parece que é mesmo verdade. Não sei se a palavra certa é “estragar”, mas eles são bem mais leves na relação com os netos do que foram com os filhos. Acho que vamos ser assim também quando virarmos avós, não vai ter outra saída.
Aproveite!
Se você tem como contar com o suporte dos avós da criança, aproveite ao máximo, inclusive para que seus filhos possam conviver e relacionar-se ao máximo com eles. Meus pais moram no interior, em uma cidade da Zona da Mata mineira chamada Ubá.
Duda e Gabi adoram ir para lá. Vovó Lúcia e vovô Miguel esperam ansiosamente por esses momentos. Preparam tudo com muito carinho, desde a alimentação até os programas e as brincadeiras. Apesar de ser uma cidade pequena, tem muita coisa legal para se fazer:
- andar de patinete no calçadão,
- brincar e nadar no clube,
- passear de trenzinho,
- correr na praça,
- brincar no pula-pula,
- comer pipoca
- e tomar sorvete.
Tudo isso, às vezes, no mesmo dia.
O mais legal é que, como também sou de Ubá, me vejo fazendo as mesmas coisas que eu fiz na infância, agora com minhas filhas. A meninada fica exausta! Chega em casa à noite e desmaia. Já dorme pensando no outro dia e na hora de voltar para a capital, é uma reclamação só. O que dá para tirar dessas pequenas passagens que acontecem em alguns finais de semana?
Casa de vó é maravilhosa!
Tem coisa mais gostosa do que propiciar isso aos seus pais? É ótimo deixá-los curtir com intensidade cada momento ao lado dos netos. A vida passa rápido demais. Eles vão envelhecer, vão perder um pouco do pique e da disposição para cuidar dos pequenos. As crianças também vão crescer e vão se interessar por outros programas. Então, é hora de aproveitar cada momento ao lado das pessoas que amamos e proporcionar a elas a oportunidade de criar memórias afetivas para o resto da vida. Tenho certeza de que minhas filhas vão crescer e lembrar das idas para Ubá até a casa dos avós.
E o que eu posso fazer hoje? Proporcionar isso a eles, como forma de agradecimento por tudo que fizeram por mim.