Numa sala de aula, é possível encontrar crianças saudáveis da mesma idade, porém de tamanhos, pesos e habilidades diferentes. É comum e natural mães compararem seus filhos com outras crianças, mas isso não é o ideal, pois a percepção das diferenças entre crianças pode ser motivo de angústia e preocupação na família.
A NORMALIDADE É VARIÁVEL (Diferenças entre crianças)
por Marianne Kawassaki
Existe uma variação da normalidade e, por isso, o pediatra utiliza em todas as consultas de rotina os gráficos de crescimento, anotando as medidas de peso, estatura e perímetro cefálico da criança. É a partir desses gráficos que, ao longo dos meses e anos, o pediatra realiza a vigilância do crescimento e consegue detectar com mais facilidade crianças que, por qualquer motivo, passam a apresentar anormalidades relacionadas ao ganho de peso e estatura.
A maioria das crianças segue um determinado canal de crescimento, que são delimitados pelos chamados percentis. Se uma criança cresce acompanhando a linha do 5º percentil de estatura, isso significa que ela faz parte de 5% da população de crianças da mesma idade que possuem a mesma estatura. De forma semelhante, se uma criança cresce acompanhando o 75º percentil, isso significa que ela ganha de 75% da população de crianças da mesma idade quanto à estatura. Ao se dizer que uma criança está “na média”, isso significa que ela deve estar próxima do 50º percentil. Assim, fica mais fácil entender porque existem crianças saudáveis tão diferentes em peso e tamanho numa mesma sala de aula.
Saber se uma criança será um adulto alto ou baixo também é uma dúvida comum apresentada ao pediatra. Cada criança tem uma tendência pessoal, um potencial genético que foi transmitido de seus pais. Baseando-se nisso, é esperado que os filhos tenham uma estatura final na fase adulta semelhante à estatura média dos seus pais, ou seja, pais altos passam para seus filhos o potencial genético de também serem altos quando adultos. Do mesmo modo, é esperado que pais baixos tenham filhos baixos.
A estatura-alvo (em centímetros) pode ser calculada da seguinte forma:
Meninas: (estatura do pai + estatura da mãe – 13)+ 5 cm 2
Meninos: (estatura do pai + estatura da mãe + 13)+ 5 cm
2
Exemplo:
Estatura da mãe= 160 cm
Estatura do pai= 169 cm
Estatura alvo para uma menina= (169 + 160 – 13)/2 = 158 cm (1,58 m) + 5 cm
Estatura para um menino= (169 + 160 + 13)/2 = 171 cm (1,71 m) + 5 cm
A estatura-alvo calculada ajuda a ter uma ideia do potencial genético da criança, porém, vários fatores podem interferir neste potencial, modificando a estatura final alcançada para mais ou para menos. Como exemplo, fatores como as doenças crônicas em geral (doenças crônicas do coração, pulmões, fígado, rins), a desnutrição, o abuso ou negligência da criança e a privação emocional podem ser causas de falha do desenvolvimento.
Comparar não é o ideal. A normalidade é variável e, na dúvida, procure um pediatra!
É pediatra geral e especialista em Medicina Intensiva Pediátrica. Graduou-se pela UFPE, fez residência em Pediatria e especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pela USP. É mãe da Ana Luísa.
Quando criança, pensava seriamente que família era aquela que te protegia, cuidava e amava incondicionalmente. Pois bem, descobri de uma maneira muito cruel que o inimigo pode ser aquele que você mais gosta e confia. Confiança quebrada.
Confiança quebrada
Não me lembro com exatidão qual idade tinha, mas foi por volta dos 4 ou 5 anos, tinha um “tio” se assim posso chamá-lo, casado com a irmã do meu pai e que adorávamos muito. Ele tinha uma fazenda e sempre nos chamava, e um dia meu pai resolveu aceitar o convite e fomos todos felizes, pois na nossa cabeça de criança seria só diversão.
Segredo
No principio foi muito tranquilo e tudo o que imaginávamos estava acontecendo. Um dia estava eu e minha prima em um dos quartos onde dormíamos juntas e meu “tio” chegou perguntando se poderia ficar com a gente para assistir televisão.
Quando ele se deitou começou a colocar sua mão em lugares que na época não sabia que era errado. Pois bem ele nos falava que era carinho e que não poderíamos contar para nossos pais porque eles não acreditariam e isso era carinho de tio.
Sofri abuso de caricias e psicológicas por esse “tio” por mais 3 anos, toda vez que ia à fazenda. Quando resolvi contar para meus pais a primeira reação foi de descrédito, pois não imaginavam que uma pessoa tão próxima poderia cometer um ato desses.
Tabu
Para minha primeira decepção nesse assunto nada foi feito, não sei se por medo, tabu ou por simplesmente ser meu Tio. Mas pelo menos lá não voltamos nunca mais e, ao dizer para minha avó materna o ocorrido, ela me falou que isso não tinha problema e que a sua filha não terminaria um casamento por isso. Percebi então que o melhor seria me afastar da família materna, na qual até hoje não tenho mais contato.
Outra decepção
Achei que estava segura contra isso quando me tornei uma pré-adolescente e estava na escola com meus amigos, professores e pessoas responsáveis pelo nosso bem estar. Foi aí que tive outra decepção.
Estava com 12 anos e fui chamada na sala de um dos meus professores, pois ele queria conversar comigo sobre um trabalho. Fui e quando lá cheguei me pediu para entrar e trancar a porta. Achei estranho, mas fiz o que ele havia me pedido.
Começou a conversar comigo e logo chegou perto me beijou e abaixou sua calça e colocou minha mão nas partes íntimas dele. Fiquei tão assustada e apavorada que não tive reação, a única coisa que queria é que ele acabasse logo com aquilo para eu poder ir embora logo.
Hipocrisia
Minha sorte é que o sinal de saída bateu e fui embora.
Quando cheguei ao carro de minha mãe ela percebeu que tinha algo de errado e falou que só sairíamos de lá depois que eu contasse o que tinha acontecido. Falei e ela na mesma hora entrou na escola e foi conversar com o Diretor que chamou o professor, para minha surpresa ele admitiu que realmente tivesse feito aquilo.
Na mesma hora foi demitido, mas para minha surpresa novamente minha família ficou quieta.
Para piorar minha situação comecei a ser perseguida na escola por todos saberem que o professor fora mandado embora por minha causa, mas ninguém sabia o motivo e eu fui proibida de comentar o assunto. Mais uma vez a confiança quebrada.
Medo
Cresci uma menina com medo te todos que chegavam perto de mim. Tenho grandes bloqueios emocionais.
Hoje sou separada e tenho filhos.
Sei que converso muito com eles e fico sempre de olho em todos que chegam perto, independente de serem ou não da família.
Só sei que a minha atitude em relação a isso será de proteger e tomar outras atitudes diferente do que aconteceu comigo.
É madrugada! Ouço passos se aproximando… De novo? Será? Ele entra de mansinho, segue até a minha cama. Posso sentir o calor das suas mãos se aproximando do meu corpo de menina franzina.
As outras crianças estão no quarto. Então por que eu? O que ele faz é estranho, não sei exatamente o que é…. mas parece carinho…. Acho melhor fingir que estou dormindo e ficar quietinha…. Mamãe pode ficar brava….
Infância de retalhos – Anônimo
Olá, sou uma mulher de 32 anos, mãe de dois “anjinhos” (3 anos / 2 meses), casada e advogada. Advogo há 09 anos em uma instituição que tem como objetivo a proteção dos direitos da criança e do adolescente em situação de risco.
Dentre outras violações de direitos, combatemos com veemência a exploração e o abuso sexual infantojuvenil. Esse é um tema muito importante de ser discutido e ainda pouco conversado e divulgado. Não foi por acaso (até porquê não acredito em acaso) que fui parar em uma instituição como essa.
Quando eu tinha aproximadamente 5 anos fui abusada pelo marido da minha tia com quem eu e minha família tínhamos os laços mais estreitos e cujos filhos eram os primos mais chegados. Tive uma infância de retalhos.
Minha família sempre passava as férias de julho e janeiro na cidade onde eles moram e infelizmente, valendo-se da confiança que eu tinha no meu “tio” ele cometeu esse crime, o qual perdurou por aproximadamente 5 anos.
Minha família é extremamente tradicional e um escândalo desse vir à tona seria um “absurdo”. Assim o muro de silêncio perdurou ou melhor perdura até hoje.
Eu era muito pequena e o que ele fazia não me provocava dor, era até gostoso (essa frase eu demorei anos de terapia para assumir). Lógico, ele era meu tio mais próximo e tocava em zonas erógenas…. logo não era ruim. Por um tempo! Eu não sabia exatamente o que ele fazia ou porque fazia. Por que era só comigo? Eu era a preferida? Hummm isso seria interessante para uma menina de 05 anos. Mas o tempo passou e fui começando a entender que aquilo não era tão legal, que me incomodava, que eu não pedia por aquilo. Não era meu desejo e comecei a ter vergonha… nojo…culpa…. Sentimentos muito pesados para uma criança….
Todas as noites, enquanto eu estava hospedada em sua casa, ele vinha ao quarto em que as crianças ficavam, se aproximava da minha cama e praticava atos sexuais comigo. Por não entender o que acontecia, sempre preferi me manter de olhos fechados, imóvel, fingindo estar dormindo.
Com o passar dos anos, fingia estar acordando, me mexia, fazia barulhos para as outras crianças acordarem, na tentativa de fazer pará-lo. Quando eu estava com aproximadamente 10 anos, os abusos cessaram.
Me mantive quieta por muitos anos. Tinha muita vergonha do que tinha acontecido. Mas meus pais adoravam meus tios! Eu não podia revelar essa história.
Na verdade, com toda a minha inocência de menina, eu tentei revelar a história, mas os adultos não tiveram “ouvidos de ouvir”.
Soube já adulta que certa vez, os adultos falavam algo relacionado a namoro ou sexo e eu (com apenas 5 anos) interrompi a conversa e perguntei se era igual o meu tio fazia comigo. Todos trataram de me tirar do quarto, dizendo para eu ir brincar.
Já em outra oportunidade (dessa eu me lembro) falei para a minha mãe e para os meus primos que eu havia sonhado que o abuso tinha acontecido. Ouvi: Credo, Deus me livre… vamos, vamos almoçar….
Eu tenho uma irmã mais nova, que sempre foi minha princesa e era muito apegada a mim. Já que os adultos não me ouviram, eu resolvi protegê-la. Mesmo com pouca idade (acho que ela tinha uns 5 anos e eu 11), expliquei pra ela que aquele homem não era bom e que se algum dia ele encostasse nela, que ela deveria gritar e me chamar. Conversamos por muito tempo e por menor que ela fosse, ela entendeu e lembra até hoje dessa conversa. Sempre a mantive perto de mim durante as férias, com medo do monstro se aproximar dela.
Fato é que aos 14 anos, com muitos conflitos internos, reuni forças e contei para a minha mãe. Ela ficou muito enfurecida, chorou, adoeceu, mas não pareceu 100% surpresa. No fundo ela desconfiava que algo havia acontecido comigo, mas preferiu achar que era coisa da cabeça dela… Imagina… uma família tão tradicional com uma história dessa… era muito para a cabeça de uma mulher que acabava de sair de uma separação muito dolorosa com meu pai.
Acontece que com 14 anos você não consegue compreender muito bem os sentimentos dos pais…. talvez com 32 também não…. Ela ficou brava, chorou, adoeceu…mas não me defendeu… Ela preferiu se afastar daquela família mas ficar em silêncio… “Deus faria justiça”….
E um sentimento de abandono ficou (ainda fica um pouco) instaurado no meu coração…. Como ela não foi lá e deu um tiro na cara dele? Um tapa pelo menos… Por que não contou pra família toda? Para a minha tia? … A tradicional família não poderia sofrer esse abalo…
O tempo passou… Com 25 anos, antes de me casar contei para o meu pai. No fundo eu nutria aquela fantasia de que quando o meu pai soubesse, o mundo viria abaixo….
Realmente ele ficou muito bravo! Deu socos pelas paredes! Chorou! Mas… não me defendeu…
Amo meus pais, sei que eles me amam também, mas não souberam agir, o que me trouxe muitos transtornos ao longo da minha vida. Muitos mesmos. Os danos e marcas de um abuso são profundos e desestruturam as vítimas.
Entendi, então, que somente eu mesma poderia me defender. Então, antes de me casar eu deveria fazer isso por mim, pelo meu marido e pelos meus futuros filhos…Eu queria recomeçar.
Fui à cidade dele, falei com ele depois de tantos anos… disse o nojo que sentia, mas consegui falar muito menos do que eu gostaria… minhas pernas tremiam e minha oratória sempre tão afiada, nunca havia ficado tão monossilábica.
Mas eu tinha que fazer alguma coisa. Polícia? Impossível! O crime que ele cometeu havia prescrito há muito tempo… Contei para todas as pessoas da minha família, que tinham filhos, o que havia me acontecido, dizendo que mantivessem seus filhos longe do monstro.
Qual não foi a minha surpresa, senão saber que além de mim, muitas outras primas haviam sido molestadas. Primas até 20 anos mais velhas, ou seja, o abuso atingiu várias gerações. A maioria dos pais das vítimas também já sabiam… mas nunca fizeram nada… Todas estavam tratando disso em divãs de analistas… mas ninguém na polícia…
Muito triste… isso ainda existe!
Voltei para casa com a sensação de impotência, impunidade. Sentia que eu era aquela mesma menina acuada de 9 anos de idade que já não queria mais que aquilo acontecesse….
Mais sessões de análise…. eu precisava elaborar um pouco meu passado para prosseguir… casar.. ter filhos… uma família.
Certa feita, quando eu engravidei do meu primeiro filho, meu marido foi até a cidade do monstro, o pegou pela camisa e disse que se ele quisesse o mataria naquela hora mesmo, mas que ele era um velho podre, acabado, que não valeria a pena sujar suas mãos… Disse que se ele dirigisse sequer seu olhar em minha direção, ele seria um homem morto. Disse que eu estava grávida e que ele jamais, em tempo algum, se aproximasse do nosso filho… Confesso que esse dia, vendo a cara de medo daquele animal, que depois de tantos anos e tanta bebida, se esconde atrás de uma carcaça velha e sem vida, me senti protegida… um pouco pelo menos…. a única vez….
Essa é uma história de muitos meandros, muitos capítulos, mas não vale a pena relatar os detalhes sórdidos. Acho que todos podem imaginá-los. Mas o que quero com esse depoimento não é me fazer de vítima, de coitada. Não o sou. Dentro da minha realidade, sou muito feliz hoje. Amo e sou amada, tenho filhos maravilhosos… e protegidos…. não posso reclamar. Mas posso ajudar. Alertar aos pais que fiquem atentos a seus filhos. Óbvio, sem paranoias. Mas com muita atenção!
Conversar com os filhos é fundamental. Eles precisam ter confiança nos pais para lhes contar o que for preciso, mesmo se sentirem culpados por algo…. E se infelizmente o pior vier a acontecer, que os pais façam o correto. Ajam! Vão à polícia, investiguem, corram atrás. Façam o possível e o impossível para essa atrocidade não ficar impune. Isso é dever dos pais. Não só dos pais mas de toda a sociedade assim como a própria Constituição Federal prevê.
Não podemos fechar os olhos para essa realidade… Será mesmo que nossos filhos estão protegidos? Será que estamos atentos ao que se passa com eles?
Tenhamos ouvidos de ouvir. Os filhos mandam mensagens de seus sentimentos o tempo todo para os pais. Cabe a nós, pararmos um pouco para ouvi-los. Precisamos tentar evitar o abuso sexual. Ele acontece em todas as classes sociais e geralmente parte de quem menos esperamos.
Nossos filhos precisam da nossa proteção. Juntos e sem medo de falar nesse assunto poderemos divulgar cada vez mais os mecanismos de prevenção, proteção e defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.
Urge derrubarmos esse muro de silêncio que se instaura em torno desse assunto!
Hoje vamos conversar um pouco sobre a APLV (Alergia à proteína do leite de vaca).
Alergia à proteína do leite de vaca
Segundo estudos, aproximadamente 2,5% dos recém-nascidos demonstram reações de APLV durante o primeiro ano de vida. É importante ressaltar que trata-se de uma enfermidade temporária que, na maioria dos casos, apresenta remissão espontânea até o terceiro ano de vida e em alguns casos desaparece ao final do primeiro ano. Na APLV o organismo da criança não reconhece uma ou mais proteínas do leite de vaca (caseína, β-lactoglobulina e α-lactoalbumina) e reage a elas.
Diagnóstico
O diagnóstico deve ser feito pelo pediatra de forma criteriosa, já que seu tratamento se baseia na exclusão completa de leite de vaca e derivados da dieta, ou seja, importante fonte de cálcio. A substituição deve ser feita de forma adequada para que sejam atingidas as recomendações nutricionais e não afetem o estado nutricional dessa criança.
Segundo a Dra. Sandra Vieira (gastropediatra), os sintomas são muito variáveis e incluem: dor abdominal, que pode expressar como choro/desconforto após a ingestão da proteína do leite de vaca; distensão abdominal, eliminação de gases, vômitos e regurgitação também desencadeados pela ingestão da proteína. Alguns pacientes ainda apresentam fezes muito líquidas e explosivas, eliminação de fezes com muco (aparência de catarro) e raias de sangue. Podem ocorrer também edema de lábio, língua ou palato (céu da boca) e anafilaxia (coceira, dificuldade para respirar, fechamento da glote = garganta).
Alergia à proteína do leite de vaca x Intolerância à lactose
Qual a diferença entre alergia à proteína do leite de vaca e Intolerância à Lactose? Algumas pessoas confundem e acham que é a mesma coisa.
A intolerância à lactose é a dificuldade do organismo para digerir e absorver o açúcar do leite (lactose) devido à diminuição ou ausência da enzima que faz sua digestão chamada lactase. Como a lactose não consegue ser digerida corretamente a pessoa pode apresentar gases, diarreia e cólicas abdominais ao consumir o leite de vaca.
A APLV é uma doença inflamatória, desencadeada pela exposição do indivíduo às proteínas do leite de vaca, porém é transitória. À medida que o paciente amadurece, o intestino também amadurece os seus mecanismos de defesa, tornando-o apto a digerir proteínas estranhas sem causar inflamação.
Tratamento
O tratamento se baseia na restrição de leite de vaca e seus derivados da dieta da criança.
Se estiver em aleitamento materno, recomenda-se que continue e que a própria mãe faça a dieta de exclusão e deverá ser avaliado se tem necessidade de suplementar cálcio.
Caso a mãe não esteja amamentando recomenda-se a substituição por fórmulas hipoalergênicas, como por exemplo à base de aminoácidos.
Aqui vale destacar que o recebimento da fórmula via Secretaria de Saúde é um direito do portador. Para tanto, é necessário seguir o protocolo específico em cada cidade.
Caso a criança já esteja ingerindo outros alimentos é importante ficar atento ao modo de preparo das receitas para não ocorrer contaminação cruzada, separe utensílios para o preparo das receitas.
Importante ler sempre os rótulos dos alimentos, nem sempre o termo “leite” estará presente na lista de ingredientes. Segue abaixo tem um quadro de alimentos que podem conter a proteína do leite de vaca, na dúvida ligue para o SAC do fabricante.
Sites que podem servir de consulta e troca de experiência. Neles vocês também encontram diversas receitas legais:
Ser família é a música que a Luana e o Tino compuseram para o Padecendo no Paraíso. Nossa música tema! Quando o amor é o que nos une, até trilha sonora própria a gente tem! Aperte o PLAY para ouvir!
Ser Família
(Luana Ferreira e Tino Neves)
Não importa saber
Se foi sonhado, planejado ou de repente
Depois de gerado
Tudo muda completamente
A gente então prepara
Pra uma nova família
Até sua chegada
As horas correm a cem milhas
A bendita cerveja
Agora não tem mais lugar
Na geladeira então
Só fruta do pomar
A vaidade feminina
Vai pra fila de espera
O salão fica na saudade
E a academia já era
O tempo vira inimigo
Mas, nunca estive tão feliz
Por padecer no paraíso
Penso até em pedir bis
Tudo fica no lugar
Ao ver meu filho contente
E só me faz acreditar
Que nada mais é urgente
Família
A relação mais intensa
A ligação mais pura
Uma felicidade imensa
Uma aliança segura
Arquiteta mineira morando em São Paulo desde 2017. Fundadora da Padecendo no Paraíso, organizadora do livro “Manual da Boa Mãe”, dona de casa, agitadora social, feminista,paciente oncológica (câncer de mama). Antiga aluna do Colégio Loyola.
Casada e mãe de um menino, sempre gostou de se envolver com as questões do universo feminino. Tem grande preocupação com o coletivo e acredita que é necessário unir forças para melhorar o mundo.
Sempre busque orientação do profissional responsável pela assistência à gestação sobre quais medicações podem ser usadas e quais critérios a serem respeitados. Veja alguns mitos e verdades na gravidez.
MITOS E VERDADES NA GRAVIDEZ
Mulheres grávidas podem ingerir bebida alcoólica durante a gestação? A partir de qual mês?
Bebida alcoólica é totalmente liberada na gestação, desde que seja socialmente. Evidentemente, o vício, alcoolismo, não é recomendado em momento algum.
Podem fazer exercícios físicos? Quais são os recomendados?
Devem ser feitos sim, alias a gestação é um momento ótimo para incentivo da pratica de exercício físico, já que a mulher esta sensibilizada pela vida que esta gerando, e, por vezes, esta sensibilização permite melhor adesão quanto às orientações dadas! O exercício físico só traz beneficio e quando feito de forma adequada e acompanhado pelo profissional especializado, melhor realização dos mesmos; a rotina permite boa adesão e perpetuação dos mesmos após o termino da gravidez, passando a serem inseridos na rotina da mulher, que então passa a ter também este ganho no pós parto!
A ingestão de frutos do mar pode ser feita normalmente durante o período?
Sim, a preocupação que os frutos do mar, assim como alimentos mal passados, crus ou mal cozidos podem trazer é devido a possibilidade de serem veículos de transmissão de vírus, vermes ou bactérias decorrentes da manipulação destes alimentos, assim como a refrigeração dos mesmos, de forma inadequada; portanto, ingestão destes alimentos desde que de origem e manipulação avaliadas pelos órgãos governamentais específicos, pode ser feita sem o menor problema.
A ingestão de adoçante também?
Sim! Da-se preferencia para os adoçantes a base de sucralose, apenas porque recentemente um estudo colocou como sendo o aspartame um possível responsável por alguns distúrbios comportamentais infantis, mas, provavelmente, isso pode não ser real, já que a ingestão de aspartame seja através dos adoçantes ou mesmo dos refrigerantes não são significativas a ponto de atingirem concentrações séricas preocupantes a ponto de qualquer interferência no desenvolvimento embrionário; então são permitidos adoçantes na gestação sim.
Em relação à medicação, todos os medicamentos sem prescrição médica estão restritos nesse período?
Os medicamentos na gravidez são classificados em categorias quanto seus potenciais individualizados de provocar danos ao bebe, categorias A, por exemplo, são medicamentos liberados durante qualquer fase da gestação, e seguem esta classificação alfabética até D e o X, estes, por sua vez, proibidos na gestação em qualquer momento. Portanto, sempre buscar orientação do profissional responsável pela assistência à gestação sobre quais medicações podem ser usadas e quais critérios a serem respeitados.
O parto na água tem sido motivo de discussões nos últimos dias, por causa de um caso infecção neonatal relacionado a uma bactéria supostamente transmitida pela água da banheira em que o bebê nasceu.
PARTO NA ÁGUA: por quê escolher? –
Dra. Quésia Villamil
O parto na água já acontece há décadas e com muita frequência em países como Estados Unidos e Inglaterra. No Brasil, tem se tornado cada vez mais procurado pelas mulheres. Em Belo Horizonte, já existem várias banheiras para parto nas maternidades. E está cada dia mais comum ouvirmos histórias de amigas e conhecidas que tiveram parto na água. Muitas das gestantes que acompanho querem ter parto na água. No último ano, muitas usaram a banheira durante o trabalho de parto e muitas tiveram seus bebês nascidos na água. Eu tive um parto na água (foto acima).
Mas por quê o parto na água? Quais as vantagens? Existem desvantagens? Quais os riscos?
Fui procurada pelas meninas do Padecendo para escrever um post sobre o tema. Apesar de ainda ser necessário mais estudos sobre o tema (como quase tudo em obstetrícia e medicina) aceitei o convite de compartilhar com vocês algumas questões que acho importante sobre o uso da água para o parto.
Durante o parto, a água pode ser usada em dois momentos: Para alívio da dor durante o trabalho de parto (período de dilatação) e no momento do nascimento do bebê (período expulsivo). A água é muito útil tanto através de banhos de aspersão (chuveiro) quanto com a imersão em banheiras com água morna.
A principal vantagem da imersão em banheiras com água morna durante o trabalho de parto e parto é obter um alívio efetivo para a dor durante o trabalho de parto, resultando em menor necessidade de analgesia raquidiana ou peridural para alívio da dor (Cluett and Burns 2009). Além disto, ao entrar numa banheira com água morna durante o trabalho de parto, a mulher sente profundo relaxamento e controle sobre seu próprio corpo (Richmond 2003; Hall and Holloway 1998). Outra teoria, ainda não comprovada, é a de que a mulher efetua menor gasto de oxigênio enquanto está imersa na água morna e, por isto, o bebê seria melhor oxigenado e nasceria em melhores condições.
FAQ – PERGUNTAS FREQUENTES
P- O uso da água durante o trabalho de parto altera (aumenta ou diminui) o risco de a mulher ter parto cesareana?
R- Não. (Cluett and Burns 2009)
P- O uso da água durante o trabalho de parto melhora ou piora as condições de nascimento para o bebê?
R- Não. O parto na água não altera o Índice de Apgar no 5º minuto e não aumenta nem diminui a chance de o bebê ter alguma infecção ou de ser internado em unidade neonatal. (Cluett and Burns 2009)
P – O trabalho de parto é mais longo ou mais curto quando a mulher fica dentro da banheira?
R- Parece que o primeiro estágio do trabalho de parto (fase de dilatação) fica mais curto, mas ainda são necessários mais estudos para esclarecer esta pergunta.
P- Qual profissional pode assistir partos na água?
R- No Brasil não existe um protocolo ou recomendação específica, mas na Inglaterra, por exemplo, onde é comum que as maternidades tenham banheiras de parto, o “Royal College of Midwives” (associação de enfermeiras obstetras local) recomenda que as midwives sejam treinadas pra o uso da água no trabalho de parto e que existam protocolos estabelecidos para tal. (RCOG/RCM 2006)
P – Existe controle de qualidade da água usada na banheira?
R- É recomendado que a qualidade da água seja checada e que existam protocolos para limpeza da banheira, além de procedimentos de controle de infecção. A banheira não deve ter circulação de água (hidromassagem), pois a higienização dos canais de circulação é limitada. (NICE 2007; Kingsley et al. 1999; Hawkins 1995).
P – A temperatura da água é monitorada?
R- Sim. A temperatura da mulher e da água devem ser monitoradas, de maneira que a mulher não fique com a temperatura elevada (o que não é bom para o feto durante o trabalho de parto). A temperatura da água deve ficar em torno de 37,5oC. (NICE 2007)
P- Existe risco de o bebê se afogar ao nascer?
R- Um feto saudável, que não sofreu estresse antes nem durante o trabalho de parto, não irá iniciar a respiração no curto período de tempo que ele fica imerso na água no momento do nascimento, por isto o bebê que nasce na água não se afoga: ele não respira até que saia da água. Foi demonstrado que, para gestantes de baixo risco, a taxa de mortalidade neonatal é a mesma para os bebês que nascem de parto normal fora ou dentro da água. (Gilbert and Tookey, 1999)
Por fim, a água é apenas mais uma ferramenta para auxílio da mulher durante o trabalho de parto e, se usada com segurança e critério, pode transformar o nascimento do bebê de uma experiência dolorosa em uma experiência prazerosa e enriquecedora. É muito importante que as mulheres conheçam esta e outros métodos não farmacológicos de alívio para a dor do parto, bem como o local em que seu bebê irá nascer, que deve ser acolhedor e seguro. Cada mulher é diferente e ter informações corretas é o primeiro passo para se preparar para este momento tão maravilhoso que é a chegada de um filho!
Espero ter esclarecido algumas dúvidas das padecentes. Caso tenham mais dúvidas sobre este ou outros temas relacionados a parto e nascimento, terei o maior prazer em responder.
Um grande abraço!
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
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A candidíase é mais comum no verão? Se sim, por quê?
Sim, por se tratar de um fungo oportunista, ele se aproveita das alterações pelo qual o corpo passa em detrimento do excesso de calor e uso de vestimentas nem sempre que favorecem o “respiro” da pele. O fungo precisa de um ambiente escuro, aquecido e quente para proliferar, quando NÃO encontra estas condições ideais ele pode existir mas quantidade muito pequena, não causando nenhuma alteração patológica local; em contrapartida, as situações de muito calor, transpiração excessiva e na dificuldade de arejar a pele, o fungo encontra seu ambiente ideal para multiplicação.Exemplificando, num dia prolongado de praia ou piscina, o biquíni que passa o dia em contato com corpo, entre molhar e secar o dia corre, somando o abafamento local… Resultado: ambiente facilitado para a candidíase aparecer!
CANDIDÍASE – por Karina Zulli
O que causa a candidíase?
A queda de imunidade e debilidade local favorecem a multiplicação das leveduras.
A candidíase é contagiosa? Por exemplo: seu eu usar a mesma toalha que uma pessoa infectada ou sentar no vaso sanitário em que ela se sentou, sem proteção?
Não! Candidíase é da gente para a gente mesma! O fungo existe na pele, que em equilíbrio de flora não se prolifera e também não causa sintomas, mas em situações de desequilíbrio imunológicos ou qualquer situação debilitante local pode proliferar! A levedura em contato com ambiente como toalha ou assento sanitário sem proteção não continua sua proliferação, não tem resistência de manter-se vivo e multiplicar-se, diferente, por exemplo, das bactérias!
Quais os primeiros sintomas dessa doença?
Vermelhidão local, inchaço, coceira ou sensação de pequenos cortes, e secreção tipo placas esbranquiçadas, que de assemelham a coalhada.
A candidíase é exclusiva das mulheres?
Não! Podem aparecer também nos homens, assim como na região da boca, onde é mais conhecida como”sapinho”.
Como uma pessoa deve reagir ao perceber os primeiros sintomas de candidíase?
Procurar um profissional da saúde para melhor entendimento clínico e proposta terapêutica!
A candidíase pode se agravar se não for tratada?
Que riscos essa doença oferece?Pode agravar porque o fungo pode proliferar mais e mais e o desconforto ser ainda maior! Mas riscos inerentes a doença em si não são graves, em se tratando de uma pessoa com boa imunidade existe até chances da flora se recuperar aos poucos, e sozinha e o quadro se reverter espontaneamente, porém, tendo em vista que os sintomas são muito desagradáveis, pouco provável que se alcance este momento sem procurar um médico!
Qual o tratamento para candidíase?
Existem tratamentos antifúngicos orais, locais e os que associam ambos.
Se feito o tratamento correto, em quanto tempo a pessoa melhora?
Em média dois a três dias para alívio dos sintomas maiores, e sete dias para a cura!
Karina Zulli Ginecologista e Obstetra, especialista em Reprodução Humana.
A fanfarra é uma agremiação musical que possui instrumentos de percussão e de sopro. Inicialmente elas executavam apenas marchas e dobrados, porém, ao longo dos anos, esse tipo de formação musical se estendeu para diversas manifestações artísticas e culturais.
No Brasil, atualmente as fanfarras estão também intimamente ligadas ao carnaval de rua. São elas que ditam o ritmo dos blocos, que vêm aumentando significativamente a sua importância e alcance na maior festa popular do país.
Um dos grandes motivos desse crescimento das fanfarras e bloco é que seus instrumentos de percussão trazem, de certa forma, uma democratização do estilo. Como são de fácil acesso, manipulação e trabalham apenas com marcação de ritmo, possibilitam que pessoas que ainda não foram iniciadas na música possam tocar e participar do grupo. Curtindo o carnaval dançando e fazendo música!
Conheça a percussão da fanfarra:
Surdo
O surdo é um tambor com um som profundamente grave. É tipicamente feito de madeira ou metal e possui peles em ambos os lados. Também é encontrado em torcidas organizadas aonde eles ditam o ritmo e são considerados o “coração” da torcida. Sua função principal no samba é a marcação do tempo. Geralmente são utilizados em conjunto com o bumbo e a caixa.
Caixa
A caixa é um tipo de tambor de corpo cilíndrico com duas peles fixadas e tensionadas através de aros, uma esteira de metal, constituída por pequenas molas de arame colocadas em contato com a pele inferior, que vibra através da ressonância produzida sempre que a pele superior é percutida, produzindo um som repicado, característico das marchas militares.
Tamborim
Tamborim é o favorito dos iniciantes na fanfarra. Um instrumento de percussão do tipo membranofone, constituído de uma membrana esticada, em uma de suas extremidades, sobre uma armação, sem caixa de ressonância, normalmente confeccionada em metal, acrílico ou PVC. No Brasil, é comumente utilizado nos ritmos de origem africana, como a batucada, o samba e o cucumbi.
Malacacheta
Malacacheta é um instrumento bastante parecido com a caixa de guerra, porém tem o som mais grave. É geralmente feita de alumínio com uma pele em cada extremidade, constituída de seis tirantes e bordões.
Repinique
O repinique é um tambor pequeno com peles em ambos os lados, tocado com uma baqueta em uma das mãos enquanto a outra mão toca diretamente sobre a pele. Criado pelas escolas de samba para repinicar um som mais agudo e frequentemente ele serve como uma espécie de condutor musical das escolas de samba, anunciando “deixas” para o grupo. Ele é também destacado como instrumento solista, às vezes tocando introduções para sambas ou solando em batucadas.
Rocar
Os rocares são instrumentos que não são tocados com baquetas. Possuem uma armação que podem ser de madeira, plástico ou metal que suporta umas hastes. Essas hastes, por sua vez, perfuram uma série de soalhas que deslizam ao longo da haste, e essas mesmas soalhas produzem som quando chocam entre si.