Era início de 2009 e tivemos, eu e Raquel, a maravilhosa notícia de que em novembro chegaria o Rafael. Em meio a tantos parabéns um recado de alguém que nem era tão amigo me chamou a atenção. Um cliente, ao saber da novidade, fez o seguinte desabafo: “Parabéns!! Vou lhe dar um conselho: aproveite os seus filhos. Eu não aproveitei os meus e hoje sou muito arrependido.” Cada pai sabe a dor e a alegria de ser o que é…
Foi mais um dentre vários conselhos que na fase “pré-paternidade” eu ouvi, guardei, mas só fui compreender a real dimensão depois da chegada dos meus dois (por enquanto … – rs rs) pequenos milagres.
Cada pai sabe a dor e a alegria de ser o que é…
Hoje, quase três anos e meio depois do dia 13 de novembro de 2009 (Rafael) e 11 meses após o dia 18 de maio de 2012 (Felipe), eu estou aqui, vivendo a cada minuto, outro aviso que me foi dado por um colega de trabalho (o mesmo que havia me dito que ficaria sem a esposa, mas não sem a babá) de que a minha vida iria mudar. E como mudou…
Carpe diem!! Os dias começam mais cedo com muita alegria e diversão. Acordar mais tarde é coisa de quem não aproveita a vida com intensidade.
A vida é uma festa com brinquedos (muitos e muitos carros!!), jogos, desenhos, pinturas, livros, passeios na pracinha, piscina, bola, piadas, músicas, bicicleta, danças, tatuagens, cachorros (“doido”, “dete” e “cissa”), banhos de mangueira, colagens, esconde-esconde e, com a vinda do Felipe, tudo começa de novo com os treinamentos para rolar, engatinhar, andar (ai que dor nas costas).
Como ficaram divertidas as refeições em família, com um falando, comendo, brincando, correndo e, de vez em quando, chorando e o outro comendo, brincando, gritando, murmurando e (com mais frequência do que o irmão) também chorando.
A noite é uma festa com a família toda reunida e quando finalmente os dois fecham os olhinhos (um outro amigo diz que há duas alegrias nessa vida: quando eles abrem os olhinhos e quando fecham os olhinhos), a casa mais parece uma praça de guerra, um campo minado com brinquedos diversos esperando que alguém se anime a juntar.
As viagens
Como ficaram diferentes as viagens. Os passeios foram postergados para o futuro e agora aderimos à conveniência dos sistemas “all incluse” que nos permitem conciliar a diversão com um mínimo da rotina. Que interessante ver a turma se esbaldando com a programação montada pelo hotel e eu brincando de bonequinhos na beirada da piscina como se fosse uma babá contratada pela família.
O Corolla foi trocado por uma Dobló (carinhosamente chamada de “Kombi” pelos integrantes da família), cujo porta malas consegue levar para o sítio as malas, cadeirinhas, caixas de brinquedos, pula-pula, bicicleta, etc., etc. e etc.
Ao zapear os canais da televisão, na falta de coisa melhor, adoro assistir o desenho “Casa do Mickey”. Eu, aliás, já virei especialista no assunto: como são bons os desenhos do canal Disney Júnior que estimulam o raciocínio; valores como amizade, respeito, etc.; e não contém um pingo de violência.
Enfim, hoje eu estou aqui: cansado (muitíssimo cansado!!!), não tão bem qualificado e sem ter sido promovido no meu serviço. Mas feliz (incrivelmente feliz!!!)
Feliz com a escolha de ter seguido o conselho de viver intensamente a minha paternidade. Feliz por viver agora algo que poderia ter postergado pra o futuro e, quando o futuro se tornasse presente, essa felicidade se transformaria em uma lembrança vaga do passado.
Feliz por ser herói e fã ao mesmo tempo. Feliz por ter que falar não mesmo tendo uma vontade imensa de falar sim. Feliz por ter que fazer várias coisas ao mesmo tempo e, em razão disso, ser carinhosamente chamado de “papai polvo”. Feliz por brincar, fazer dever de casa, passear, sorrir junto, trocar roupas, trocar fraldas, alimentar, enfim, por participar da vida dos meus filhos.
Na vida fazemos nossas escolhas e procuramos ser felizes com elas. Eu fiz as minhas e vivo intensamente todos os ônus e os bônus. Afinal, tomando de empréstimo (com as devidas adaptações) a genialidade de Caetano Veloso, “cada pai sabe a dor e a alegria de ser o que é …”.
Um dos momentos marcantes em que o indivíduo percebe que a sua vida acabou, digo, mudou, com o nascimento do primeiro filho é a primeira viagem de férias. Para uns mais, para outros menos, é inevitável o baque da primeira aventura em família. Nunca imaginei que chegaria O dia em que fui trocado por um Taualegre.
O indivíduo passa, durante alguns dias, a viver numa “Matrix”, ou seja, numa espécie de universo paralelo de lembranças que teimam em não ir embora da época em que acordava cedo para uma caminhada ou acordava tarde porque assistiu ao show do hotel; das manhãs intermináveis no bar molhado ou na beirada da piscina lendo um livro de Jorge Amado (para entrar no clima da Bahia); das aulas de tênis, trapézio e surf; da hidro ginástica das 11:00 horas; do almoço com a esposa a beira mar; das sonecas de depois do almoço e do futebol das 17:00, seguido de jantar romântico no restaurante temático e tudo mais que pudesse acontecer…
Para os “aventureiros” o baque é muito maior. A vontade de conhecer novos lugares e novas culturas; contemplar coisas belas como paisagens, monumentos históricos, obras de arte, espetáculos teatrais; apreciar bons vinhos e boa comida… Tudo isso é passado, pois não combina com uma “palavrinha mágica” que, para alguns mais, para outros menos, tem que ser incorporada à nova vida do casal: ROTINA.
Quem não tem filhos (ou já teve há muito tempo atrás e se esqueceu) acha que é pura “frescura”, mas quem tem filhos sabe que a criança, de uma forma geral, precisa de um mínimo rotina. Não estou falando de “disciplinar militar”, mas o sossego dos ouvidos paternos e maternos depende de um equilíbrio de variáveis que não podem se combinar: fome + sono = choro!! Essa conversa de que “depois que eu tiver filhos vou continuar viajando para todo lado do mesmo jeito porque uma criança não pode mudar a minha vida” só vai até o dia do nascimento ou só serve para os que têm ouvidos e nervos de aço.
O paraíso é aqui e agora!
Para muitos pais as primeiras viagens são como uma espécie de purgatório em que é preciso contar os dias, as horas e os minutos em que a criança terá idade suficiente para ser entregue aos “tios”, momento em que são abertas as portas do paraíso.
Mas isso é só no inicio! Aos poucos, acabamos descobrindo que o paraíso é aqui e agora! Que a vida realmente mudou, só que para melhor, muito melhor. Que muito mais gostoso do que “encher a cara” no bar molhado é acompanhar e ver a alegria dos filhotes ao tomar um banho de mar. Que tão bom quanto jogar o futebol das 17 horas (momento em que a “bola” é repassada para a esposa) é chutar muita bola com os filhos (momento em que a “bola” tem que estar com você).
Como é gostoso ser o rei da casa e o bobo da corte ao mesmo tempo; o capitão do time e o carregador de material esportivo; o grande herói que chega no momento em que o filho acabou de levar um caldo só para dizer que foi só um susto e o grande vilão que diz que a brincadeira acabou e é hora de ir para o quarto dormir; o grande artista que passa horas no “espaço kids” fazendo “trabalhinhos” e mais “trabalhinhos”. O “ajudante” que acompanha o “líder” numa expedição guiada por um mapa imaginário pelo bosque do hotel.
Para descansar numa beirada de piscina qualquer, quem sabe, eu terei muito tempo no futuro. A vida é curta e a hora de viver os meus melhores momentos, aqueles que nunca esquecerei, é agora.
Mas hoje o dia começou diferente. Hoje meu filho maior tomou café da manhã e, logo depois, pediu para ir conversar com um “Taualegre”, monitor que acompanha as crianças no hotel. Conversou, conversou e se encantou com a possibilidade de se unir a turma de crianças monitoradas pelos “tios” para ir dar comida para os peixes do lago e, em seguida, fazer uma caminhada.
Ele percebeu que há pessoas tão interessantes quanto o papai e, sem aviso prévio, cortou o meu cordão umbilical: “ – papai, posso ir dar comida para os peixes e fazer caminhada com os tios?”. “ – Claro filho, pode ir. Depois a gente se encontra”. E, então, ele abriu um largo sorriso e se foi, feliz da vida, sem olhar para trás…
O que ocorreu hoje foi o primeiro passo de um processo inevitável em que não apenas eu, mas também meu primeiro filho, galgamos em busca de do nosso amadurecimento afetivo. O meu filhote descobriu que nasceu para o mundo e que o papai é apenas um “porto seguro” em que é possível voltar se e quando necessitar. No meu caso, eu resolvi aceitar que essa separação e a busca pela independência é pressuposto para que ele se torne um ser humano saudável sob o ponto de vista emocional.
De coração apertado, mas cheio de orgulho no peito, eu me convenço que o momento chegou e o meu reinado acabou. Hoje, meu filho maior cresceu e, sem querer, me fez crescer também.
Conheci o Fernando, meu marido, em 1997. Nós trabalhávamos na mesma empresa. Começamos a namorar no ano seguinte, e desde que o namoro ficou sério falávamos em ter filhos. Sonhávamos com a família comercial de margarina: um casal de filhos, que já tinha até nome – Mateus e Luana.
Família comercial de margarina – por Andressa Borges Fidelis
Casamo-nos em 2001 e decidimos esperar pra ter filhos. Eu tinha 22 anos, era muito nova, e podia esperar antes de engravidar.
No final de 2003 parei de tomar a pílula e achei que em no máximo três meses estaria grávida, mas isso não aconteceu. Continuamos tentando e quando a marca dos seis meses bateu, pedi pro meu médico um monte de exames. Os exames do Fê voltaram alterados, mas o médico me disse que aquelas alterações não eram importantes e que a gente continuasse tentando. Mesmo assim, nada da gravidez vir. Usamos indutores de ovulação, mas eles também não funcionaram.
Eu me sentia cansada, frustrada e incompreendida: todo mundo me dizia que eu só precisava relaxar que a gravidez viria, mas a infertilidade é muito mais que isso. Todo mês era um drama quando a menstruação chegava. Eu me sentia frustrada, culpada, chateada e as pessoas não conseguiam entender por que.
Quando completamos um ano de tentativas, procurei uma clínica de fertilização in vitro. Queria saber como a coisa funcionava, só por desencargo. Levei meus exames e os do Fê comigo. O médico olhou tudo e disse que comigo estava tudo muito bem, mas que ele queria exames mais detalhados do Fê. Os resultados indicaram que a gente precisaria fazer mesmo uma Fertilização in Vitro. Fiquei arrasada e muito assustada, mas não tinha outro jeito.
Fiz o primeiro tratamento durante as minhas férias do trabalho. Um sem fim de injeções e medicamentos e ultrassons, desconforto físico e uma espera avassaladora de 14 dias para a entrega do resultado do exame de gravidez.
Nesta primeira tentativa nós optamos por transferir três embriões. Transferir os embriões não é garantia de gravidez e certa “perda” é esperada, é bem comum que um ou dois embriões não se fixem no útero. Eu gostava da ideia de engravidar de gêmeos: dois filhos de uma vez só, apesar do trabalho, encerrariam nossa família e eu não precisaria passar por outro tratamento.
Depois do que pareceu uma eternidade pegamos o resultado do exame de sangue: POSITIVO! Foi o dia mais feliz da minha vida! Todo aquele tratamento tinha valido a pena!
Nas semanas seguintes estivemos na clínica para ultrassons de controle que nos trouxeram outra surpresa: eu estava grávida de trigêmeos! Os três embriões haviam se fixado e estavam se desenvolvendo bem! O médico quis nos precaver e nos disse que infelizmente era bastante comum que em algum ponto até as 12 semanas um dos bebês parasse de se desenvolver, mas que até o momento estava tudo bem. Ele me indicou para um obstetra especializado em gestação de risco e me deu alta.
Este obstetra já deixou bem claro, na primeira consulta, que a minha gravidez era de risco e que muita coisa ia ter que ser feita pra gente levar a gestação de forma segura. Meu parto normal, um sonho, ia por água abaixo. Ele faria uma cesárea. Mas eu não me importei: com filhos “em atacado” a via de nascimento era o que menos importava.
A gestação foi uma bênção: não tive enjoo, me sentia super bem disposta, mantinha a minha rotina como sempre. Com umas 14 semanas soubemos que teríamos um menino e duas meninas: Mateus, Luana e Júlia. Abençoados com o comercial de margarina e ainda mais!
Compramos móveis, decoramos o quarto, compramos roupinhas e já íamos deixando tudo prontinho porque eu precisaria entrar de repouso com umas 23 semanas de gestação. Até o chá de bebê fizemos tudo adiantado, pra eu poder participar sem medo. Era um sem fim de mamadeiras, fraldas, lenços umedecidos…
Quando eu estava com 20 semanas de gestação – cinco meses – meu marido foi passar uma semana na Argentina à trabalho. Minha sogra veio ficar comigo – eu tenho uma relação ótima com ela. No meio da semana eu me senti mal. Fui à farmácia e minha pressão tinha subido um pouco. Acabei indo ao PS pra verificar. A pressão já tinha baixado, meu colo do útero estava fechado, os batimentos dos pequenos firmes e fortes. Voltei pra casa.
Fernando chegou dois dias depois. Fomos até a rodoviária de BH deixar minha sogra e quando voltamos pra casa eu comecei a me sentir mal de novo. Eu não conseguia identificar bem o que era um desconforto na parte baixa da barriga. Fiz meu marido me carregar pro PS pra eu poder dormir tranquila. Mas quando chegamos lá, tudo mudou.
Eu estava com dois centímetros de dilatação, a bolsa do primeiro bebê (o Mateus) já estava querendo sair. Eu estava em trabalho de parto prematuro, a situação era gravíssima e eu ia ser internada. Pânico é pouco pra descrever o que eu senti.
Fui para o quarto, com instruções expressas de não me levantar pra absolutamente nada e comecei a tomar um sem fim de medicações. Durante a noite eu não preguei o olho, estava em estado de alerta. Na manhã seguinte as coisas pareciam ter melhorado, mas algumas horas depois eu vi que tinha sangue entre as pernas. O médico de plantão me examinou e anunciou sem dúvida: estes bebês nascem hoje. E fiquei paralisada.
Eu estava com 22 semanas de gestação. Eu sabia que, se eles nascessem não teriam a menor chance de sobreviver.
Fui levada para o bloco e tomei a anestesia. Meu parto foi normal e difícil. Nunca pensei em ter uma cesárea. Por mais que pareça muito difícil ter um parto normal numa situação destas, é melhor para o corpo da mãe e também, acredito, para o psicológico. Eu não queria ter, além de tudo, uma cicatriz física pra me lembrar daquele dia.
Mateus e Luana viveram por uma hora cada um, e eu não os vi vivos. Júlia, a terceira, nasceu morta…
Depois de tanta alegria, no dia 9 de dezembro eu tive a maior tristeza da minha vida. Aquele Natal e Réveillon foram terríveis. E terrível também foi o meu período de luto. Eu não tinha com quem conversar. Não conhecia ninguém que tivesse perdido um filho. Li muito na internet comprei livros importados em inglês para poder saber se o que eu sentia e pensava era normal. Por fim encontrei um grupo virtual só de mulheres que haviam perdido filhos e ali pude ver que eu era normal, que meu luto era real, que minha dor era legítima e que sim, um dia, as coisas podiam melhorar.
Seis meses depois voltamos à clínica. Meu obstetra me deu instruções específicas de que eu não podia engravidar de gêmeos. Tudo o que eu passei dava indicações claras de que meu corpo teria dificuldade de suportar uma gestação múltipla. Fizemos mais uma vez o tratamento e no dia da transferência optamos por transferir apenas um embrião. Nossas chances de engravidar eram menores, mas eu preferia NÃO engravidar a perder outro filho.
Engravidamos de novo! Mas a felicidade era mais contida. Curti a gestação, mas sempre tinha aquela pulguinha atrás da orelha, aquela lembrança de que não sabemos o que vai acontecer. Com 25 semanas de gestação da Ana Clara, entrei em trabalho de parto prematuro de novo. Desta vez eu já sabia o que era, cheguei ao hospital mais rápido e meu obstetra foi até lá para fazer uma cerclagem (uma “costura” no colo do útero) de emergência. Fiquei uma semana internada e mal acreditei quando saí de lá ainda grávida.
Ana Clara nasceu com 36 semanas de gestação, parto normal como eu queria, pesando 3,210 quilos e medindo 51 centímetros! Uma bênção! Mas ainda queríamos outra criança. E agora, depois da gestação da Ana Clara, sabíamos muito bem que meu corpo não lidava muito bem com qualquer gestação, simples ou múltipla. Demorei muito pra criar coragem de engravidar de novo.
Ana estava com um ano e meio quando eu fui à clínica e fiz mais um tratamento. Desta vez transferimos um embrião que estava congelado. Somente um, mais uma vez. E mais uma vez engravidei.
E entrei em pânico quando tive um sangramento grande com cinco semanas de gestação. Tinha certeza que tinha perdido o bebê, mas não. Por conta disso e do meu histórico, meu obstetra decidiu fazer a cerclagem do útero mais cedo, com 14 semanas.
A gestação seguiu bem até as 30 semanas de gestação, quando mais uma vez entrei em trabalho de parto prematuro. Mais uma internação. Mais medo. E mais um bebê saudável.
Lucas nasceu também às 36 semanas de gestação, de parto normal, com 3,290 quilos e 51 cm.
Ana hoje tem seis anos, Lucas quatro, e encerramos nossa família. São cinco filhos, três gestações, e muita história pra contar. Tudo documentado em blogs que mantive durante o período. A história é grande e rendeu um livro, muitas amigas reais e virtuais que acompanhei em suas gestações de risco, muitas alegrias e algumas tristezas. Muitas vitórias. Hoje tenho uma família comercial de margarina.
Ainda quero formar um grupo de apoio pra mulheres que perderam seus filhos ou que enfrentam a infertilidade. Ano passado fiz um curso sobre luto em SP, um assunto interessantíssimo pra entender como é o processo de perda que vivenciamos com a morte (especialmente) e com outras situações de perda em nossas vidas. Ainda é uma semente que espero plantar e um dia colher frutos.
Minha história não saiu nem um pouco como eu planejava, mas ainda assim é linda e eu me orgulho dela. Não mudaria o que eu vivi, pois me abriu os olhos para os outros e me fez entender melhor as pessoas e como ajuda-las.
Ana Clara e Lucas sabem que tem três irmãos que estão no céu. Uma vela fica permanentemente acesa aqui em casa em memória deles. Eles vieram e se foram em 2005. Depois vieram Ana em 2007 e Lucas em 2009. Estou casada desde 2001. A vida dificilmente fica melhor que isso!
Espero de coração, que as pessoas saibam que por pior que seja a tragédia que se apresente em nossas vidas, é possível sobreviver. É possível seguir em frente. É possível voltar a ser feliz.
Eu fiz isso. Muitas outras pessoas queridas também. Você também pode.